Uma palavra pode ter uma imensa força. Se amor já significa bastante e ódio já parece machucar, pense no efeito delas quando se tornam sentenças e desta forma, um eu te amo passa a ter um poder gigantesco e um eu te odeio pode ferir mortalmente. E quando tudo se transforma em texto, qual o peso total dele? E se este texto estiver falando de doenças, emprego, sobrevivência e democracia?
As palavras entregam, aos que as proferem e aos que as recebem, responsabilidades. Mas, quando elas tratam de assuntos que podem mudar destinos e vidas e ainda recebem a chancela de ser um produto jornalístico, o peso é ainda maior.
Portanto, exercer o jornalismo requer de todos nós responsabilidade e compromisso ético.
A luta dos jornalistas brasileiros pela obrigatoriedade do diploma para o exercício de sua profissão, não é apenas uma questão meramente de garantia de mercado de trabalho, mas, de efetivar o controle social dessa responsabilidade com as palavras.
Não é uma luta de interesses mesquinhos ou econômicos. Ela está associada a luta pela criação do conselho profissional e a reconstrução de legislação que assegure a liberdade de imprensa com responsabilidade e compromisso social. Uma liberdade que respeita todas as demais liberdades.
Os momentos políticos recentes deixam muito claro o dano que palavras podem causar, sejam elas regadas de ódio, manipuladas ou até mesmo propositalmente fabricadas.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), através desta nota pública, declara seu total apoio a luta dos jornalistas brasileiros pela obrigatoriedade da graduação para a atuação profissional. Luta iniciada em 2009, após o Supremo Tribunal Federal (STF) retirar essa importante garantia da categoria.
É hora de alvorecer nossa DEMOCRACIA! Por um jornalismo ético e democrático, em defesa da exigência do diploma de formação para o exercício profissional do jornalismo! A CTB conclama todos seus sindicatos filiados e os parlamentares aliados a se unirem nessa causa.
CTB BRASIL
*Nota redigida a pedido da Central pela jornalista Marina Valente- Diretora De Profissionais de Mídias Alternativas e Comunitárias do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Ceará (Sindjorce).