As centrais sindicais apresentaram, nesta segunda-feira (3), ao ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, na sede da pasta, em Brasília, a sua proposta de Política de Valorização do Salário Mínimo.
O encontro foi o primeiro do Grupo de Trabalho criado no fim de fevereiro e contou com mediação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e participação de membros de diversas secretarias do governo federal.
No documento, a estratégia endossada pelas entidades prevê a reposição das perdas durante o governo Bolsonaro, o aumento na geração de empregos e o incentivo e ampliação do mercado interno, como forma de fortalecer a economia brasileira e reduzir as desigualdades sociais. Futuramente, também está planejada a retomada do poder de compra da classe trabalhadora.
“As centrais sindicais apresentaram a proposta para o ministro do Trabalho e para a grande imprensa. Agora aguardamos uma segunda rodada de negociação para ver qual vai ser o posicionamento do governo federal em relação à política de retomada da valorização do salário mínimo”, pontuou o vice-presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Renê Vicente, que representou a CTB no evento.
Para o presidente da Central, Adilson Araújo, uma nova Política de Valorização do Salário Mínimo só vai valer a pena com as garantias de reposição da inflação e da variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos anos e criação de um índice de correção que garanta no médio prazo a recuperação do poder de compra do salário mínimo, calculado pelo Dieese em fevereiro em R$ 6.547,58. “Não há como conceber que se mantenha a vigência de uma política que já de um bom tempo não garante as condições mínimas de vida digna das pessoas ou da sua própria família. Com a elevada carestia dos alimentos, somente em São Paulo, 60% do salário mínimo é consumido pela cesta básica, calculada em fevereiro em R$ 779,38”, pontuou o dirigente.
A data para o novo encontro ainda não está definida.