Com apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o Fórum dos Sindicatos dos Técnicos e Técnicas das Universidades Estaduais da Bahia realizou um ato em frente à Governadoria, no Centro Administrativo, em Salvador, para exigir valorização e respeito à categoria e em defesa das instituições públicas de ensino superior.
O grupo pede um reajuste salarial que repare as perdas de 53,3% dos servidores técnicos da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), atualização do auxílio-alimentação, dos atuais R$ 12 para R$ 25, realização de concurso público, regularização de carreiras e revisão do plano, entre outras reivindicações. No entanto, o governo do Estado não tem demonstrado interesse em conversar com a classe, que busca o diálogo desde o fim das eleições de 2022.
“O governo Lula já anunciou um reajuste de 9% para os servidores federais e, até o presente momento, o governador Jerônimo [Rodrigues] ainda não recebeu ninguém”, condenou a diretora-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Estado da Bahia (Sintest), da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Daiana dos Santos Alcântara, ao ressaltar que o chefe do Executivo é professor universitário.
Apenas após a mobilização, os manifestantes foram atendidos pela secretária de Educação, Adélia Pinheiro, embora a maior parte dos requerimentos seja de responsabilidade de outras pastas, sobretudo a de Administração.
“Mesmo tendo ocorrido alguns encontros com a Secretaria de Relações Institucionais [Serin] e atendidos por representantes da Saeb, formalmente e oficialmente a gente ainda não tinha nenhum retorno sobre as pautas. Agora, fomos atendidos pela secretária Adélia sobre questões da ordem da Secretaria da Educação [SEC], relativo à formação e posicionamento de creches e escolas da educação básica nas universidades. A Uefs e Uesb [Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia] têm creches para servidoras e estudantes e nós queremos ampliação. Pedimos à secretária que, enquanto mulher, ela busque ter um olhar diferenciado para as mulheres dentro da academia”, clamou Daiana.
A titular da SEC prometeu fazer um novo encontro com o fórum nos próximos 20 dias para dar um retorno à demanda. O Sintest ressalta que, em caso de não atendimento de diálogo pelo governador, vai manter uma agenda de atos nas ruas.