O Dia Mundial da Água, em São Paulo, foi marcado por uma jornada de luta convocada pelo Sintaema nesta quinta-feira (22). O dia começou com panfletagem no Metrô de São Paulo, depois a direção do sindicato fez um corpo a corpo com os deputados nos corredores da Assembleia Legislativa de São Paulo, seguido de ato na porta da Alesp. O dia de luta foi encerrado com uma audiência pública que relançou a Frente Parlamentar Contra a Privatização da Sabesp.
“Reunimos, em um curto tempo, cerca de 30 assinaturas para relançar a Frente Parlamentar contra a Privatização da Sabesp. E a ideia é dar continuidade ao trabalho que já vínhamos realizando na Casa e garantir a defesa do nosso patrimônio”, externou o deputado estadual Emídio de Souza (PT).
Presente na audiência, a deputada estadual Leci Brandão (PCdoB) lembrou que não é de hoje que seu mandato atua para defender a Sabesp e que o Sintaema e São Paulo poderão seguir contando com sua luta em defesa da água como bem universal. “Privatizar a Sabesp é negar um direito humano ao povo, sobretudo o mais vulnerável”, enfatizou.
Os parlamentares reiteraram ser “mentira o discurso de que se privatizar, a tarifa vai baixar”. “Uma grande mentira. Basta lembrarmos o que foi que aconteceu com a privatização da Eletropaulo e com as linhas do Metrô 8 e 9. O que sobrou pra população foram péssimos serviços e tarifas abusivas”, completou Leci.
Também marcaram presença na audiência representantes do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas) e lideranças políticas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), da Facesp, do MDM e da CTB São Paulo.
“A presença dessas lideranças sociais reforça nossa luta nos quatro cantos do estado. A defesa da Sabesp deve estar no centro do debate, deve ser o norte de nossa resistência em defesa de uma empresa e de trabalhadores (as) que produzem saúde, ciência e geram um grande lucro para o estado”, afirmou o presidente do Sintaema, José Faggian, durante a audiência.
O Sintaema ainda afirmou que “a luta continua e que o sindicato seguirá mobilizado e dialogando com os deputados estaduais, vereadores e prefeitos de São Paulo para enterrar o projeto privatista de Tarcísio de Freitas”.
Ato na porta da Alesp
Além da audiência pública, a direção do Sintaema realizou ato na porta da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A atividade começou às 13h – a terceira ação da jornada de luta desta quarta (22) – e reuniu dezenas de lideranças sociais e políticas e parlamentares com a proposta de expor o que está por trás do projeto privatista do governador do estado de São Paulo.
Além de representantes dos movimentos sindical e social, participaram do ato os deputados estaduais Eduardo Suplicy (PT); Emídio de Souza (PT), Professora Bebel (PT); Beth Sahão (PT); Mônica Seixas (PSOL); Ediane Maria (PSOL); Guilherme Cortez (PSOL), entre outros.
“Água é direito humano e a Sabesp é nosso patrimônio. Lutaremos juntos aqui nesta Casa para barrar o projeto de Tarcísio de Freitas. Não permitiremos que a Sabesp seja destruída, está em jogo o futuro de gerações e a sobrevivência da população, sobretudo a que mais precisa”, defenderam os parlamentares.
Blitz com parlamentares
A segunda atividade desta quarta (22) também foi na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Às 11h, a direção do Sintaema percorreu os corredores da maior Assembleia Legislativa do país para fazer um corpo a corpo com os deputados e deputadas e entregou carta-compromisso em defesa da Sabesp.
“O objetivo desta agenda foi reforçar a luta de quem já apoia a jornada contra a privatização da Sabesp e sensibilizar quem ainda não se deu conta do que está em jogo com o projeto privatista de Tarcísio de Freitas”, externou a direção do Sindicato.
Panfletagem no Metrô
Com o objetivo de ampliar o diálogo com a população de São Paulo, o Sintaema junto com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo realizou mais uma distribuição de Carta Aberta explicando para a população que será ela quem pagará a conta caso a Sabesp seja privatizada.
“Essa é a terceira ação que realizamos no Metrô com a população, que tem sido receptiva e já se preocupa com o futuro do acesso à água e o valor da tarifa para no estado. Visto que o Rio de Janeiro privatizou e a tarifa explodiu. Seguiremos conversando com a população e viajando todo o estado para mobilizar o povo de São Paulo em defesa da Sabesp”, afirmou a direção do Sintaema.