Por Preto Leo
O Piso do Magistério foi reajustado em 14,95%, mas o Governo Leite não quer aplicá-lo integralmente na carreira e, pior, pretende retirar do índice aquilo que os trabalhadores em educação adquiriram e acumularam ao longo de suas trajetórias profissionais, inclusive depois de alcançar suas aposentadorias.
Também se recusa a estender o porcentual àqueles cuja infelicidade das políticas previdenciárias fez com que perdessem a paridade com os ativos. E sequer cogita incluir os funcionários de escola – flagelados pelos mais baixos vencimentos entre os servidores públicos estaduais – em uma política salarial de recomposição mesmo tendo recebido míseros 6% em oito anos.
Por isso, o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers Sindicato), filiado à CTB, está em plena campanha para arrancar do governador Eduardo Leite uma proposta que contemple toda a categoria e realmente faça da valorização salarial um dos pilares da dita “prioridade na Educação”.
Ainda em dezembro foi iniciada a luta e o mês de março será palco de muitas mobilizações e atividades, desde o chão da escola, até as ruas e o Palácio Piratini e a Assembleia Legislativa, para propor, mostrar e convencer que é possível investir na Educação.
Há recursos orçamentários e verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). As perdas salariais são superiores a 50% e é preciso dignidade e justiça para que a escola pública e seus sujeitos recebam o que merecem.
Dia 15 o Cpers se reuniu com o movimento estudantil na luta pela revogação do Novo Ensino Médio e por um reajuste digno. Ainda, no dia 22 foi feita a adesão à luta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) pelo piso, a fim de debater e pressionar por condições de trabalho, salário, saúde, previdência e ensino-aprendizagem adequados.
Preto Leo é diretor Cpers