Diante dos protestos contra a alta dos juros que tomaram o país nesta terça-feira (15), o vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Ubiraci Dantas, clamou pela união das entidades sindicais e movimentos sociais para exigir a saída de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central.
A instituição financeira tem sido alvo de críticas do presidente Lula, desde que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu pela manutenção da taxa em 13,75% ao ano, a maior do mundo. Na avaliação do dirigente cetebista, a sociedade civil organizada “tem que jogar pesado” e fazer uma ampla campanha contra a atual gestão do BC.
“Nós estamos denunciando a tentativa do Banco Central de sabotar o governo Lula. No último ano, foram mais de R$ 800 milhões para a banca internacional, para os especuladores e para a agiotagem. O parque industrial nacional foi destruído nos últimos quatro anos com Bolsonaro, e agora esse salafrário bolsonarista está jogando para sabotar claramente a economia do Brasil, o governo brasileiro e apostando no maior desemprego da história desse país”, protestou Bira, em ato na Avenida Paulista.
Conforme o vice-presidente, a maior taxa mundial de juros do mundo só fortalece o capital financeiro internacional e traz fome e miséria para a população brasileira. “Roberto Campos Neto é neto de um dos maiores agiotas da história do Brasil. Ele faz parte da turma que destruiu o país, que matou os yanomamis, que trouxe a miséria de volta, o desemprego, a privatização e que matou mais de 680 mil brasileiros, por conta da irresponsabilidade no tratamento da Covid-19”, rememorou.
Segundo Bira, como “o vento está soprando a nosso favor”, a união das centrais é fundamental para “o Brasil crescer e desenvolver” e para a efetivação de lutas da classe trabalhadora, a exemplo do aumento do salário mínimo, a manutenção da Petrobras pública e a reestatização da Eletrobras.