Por Altamiro Borges
O Conselho Federal de Medicina (CFM) infelizmente virou um antro da extrema-direita nativa. Durante o reinado de Jair Bolsonaro, o órgão divulgou notas e promoveu eventos em apoio ao genocida – culpado por milhares de mortes na pandemia da Covid-19. Agora, a presidenta interina do CFM aplaude os terroristas que barbarizaram em Brasília.
Segundo matéria da Folha, “a médica Rosylane Rocha celebrou nas redes sociais os atos golpistas que culminaram na invasão e vandalização do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF, que ocorreram neste domingo (8). Rosylane é segunda vice-presidente, mas está à frente do CFM porque seus dois superiores encontram-se fora do Brasil”.
Nas suas redes sociais, a fascistoide postou uma foto da invasão do Congresso Nacional e festejou: “Agora vai!”. Ela também compartilhou a imagem de uma pichação na escultura “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal, que diz “perdeu, mané” – numa provocação ao ministro Luís Roberto Barroso.
CFM virou antro da extrema-direita
A médica fanatizada ainda postou a reprodução de reportagem do Estadão que afirma que os policiais abandonaram uma barreira para comprar água de coco enquanto os terroristas invadiam o STF. A presidente interina do CFM comemorou: “Polícia é para prender bandido e não pessoas de bem” e “Viva a PM do DF”.
Rosylane Rocha foi procurada pela Folha, mas fugiu. Em nota pública, o CFM repudiou as invasões. “O presidente do CFM, José Hiran Gallo, disse à coluna que a nota foi sugerida por ele e aprovada por unanimidade, ou seja, com apoio da própria Rosylane. Ele também afirma que a conhece há dez anos e tem certeza de que ela não apoia vandalismo”. Será que ainda tem alguém que acredita nas bravatas desse antro de bolsonaristas e negacionistas?
Em tempo: em outra matéria, a mesma Folha registra que a “presidente interina do Conselho Federal de Medicina é casada com o coronel Lúcio Anderson de Azevedo Rocha, que fez parte do gabinete do comando do Exército de abril de 2019 a julho de 2021… O Exército tem sido acusado de omissão diante das invasões em Brasília, especialmente no caso do Palácio do Planalto, pois dois de seus batalhões, o Regimento de Cavalaria de Guarda e o Batalhão da Guarda Presidencial, têm como função a proteção do local”.
Charge: Mindu
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