A Confederação Intersindical Galega (CIG), sediada na Espanha, emitiu nota nesta segunda-feira (9) em que manifestou rejeição aos atos terroristas, em Brasília, que tentaram golpear a democracia brasileira no domingo (8).
“Diante da gravíssima situação criada no Brasil com o violento assalto ao Palácio do Planalto, sede do Governo e do Congresso do país, e sede do Supremo Tribunal Federal, por partidários de Bolsonaro, a Confederação Intersindical Galega (CIG) repudia essas práticas golpistas de uma minoria que não aceita o resultado das eleições e pretende violar o Estado de direito e a democracia”, diz a instituição.
Na avaliação da CIG, não há dúvidas de que o atentado contou com o apoio e omissão de autoridades do Distrito Federal. “Denunciamos também a conivência dos militares e das forças de ordem pública com estes acontecimentos que, em vez de defenderem a legalidade e o respeito pelas instituições representativas da soberania popular, acompanharam e favoreceram as manifestações e desmandos ocorridos, da mesma forma que se mantiveram impassíveis, diante das ameaças e apelos ao golpe que já vinham sendo feitos há dois meses”, apontou.
Ainda, a Confederação cobrou punição exemplar aos responsáveis e financiadores do vandalismo. “Esperamos que estes atos não fiquem impunes e que sejam exigidas responsabilidades, tanto de quem os cometeu como de quem os provocou. Apoiamos as últimas decisões tomadas pelo presidente Lula, com o Decreto de Intervenção Federal no Distrito Federal, bem como a convocação que os movimentos sindicais e populares de manifestação em defesa da democracia, das instituições e da soberania popular, em todo o Brasil, assim como o evento político que convocam para o próximo dia 11 em Brasília”, afirma a CIG.
Por fim, a instituição presta solidariedade ao presidente “democraticamente eleito”: “Contra o golpismo e o fascismo, e em defesa da democracia, da Galícia, todo o apoio da Confederação Intersindical Galega ao povo do Brasil”.