Com a ascensão do neofascista Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto políticos com espírito nazista passaram a expressar de forma mais descarada e rotineira seus instintos assassinos e antissociais. O deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) deu uma demonstração disto ao afirmar, em vídeo publicado nas suas redes sociais, que alunos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) merecem ser “queimados vivos”.
A explosão de ódio do parlamentar bolsonarista, que não logrou se reeleger e deixa de ser deputado no final do ano, se deu em resposta a uma manifestação dos estudantes contra o corte de R$ 2,4 bilhões de verbas do Ministério da Educação, o que prejudicou seriamente universidades e institutos federais por todo o país.
Na ocasião os jovens teceram duras críticas ao atual chefe do Palácio do Planalto e pregaram o voto em Lula. Ao exalar a intolerância e o ódio que são próprios do cardápio bolsonarista o parlamentar derrotado quer prestar serviços à campanha pela reeleição do líder da extrema direita brasileira alimentando a esperança de que poderá tirar proveito disto em futuros pleitos ao Clã Bolsonaro.
Mas tudo que ele conseguiu com a mise en scène nazista foi atrair a atenção do Ministério Publico Federal (MPF), que deve investigar o pronunciamento do bizarro deputado, que se revela ainda mais infame quando se recorda que foi no município de Santa Maria que ocorreu a tragédia da boate Kiss, em 27 de janeiro de 2013, quando um incêndio deixou por saldo 242 pessoas mortas e 600 feridas.
“Grave sugerir que estudantes de Santa Maria, que lutam em defesa da educação pública, morram queimados vivos. Na cidade da tragédia da boate Kiss! Merece ser responsabilizado civil e criminalmente”, cobrou a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) no Twitter. A parlamentar gaúcha tem razão. O ódio bolsonarista é uma fonte recorrente de crimes e ameaças por todo o Brasil e é preciso dar um basta nisto.