Profissionais de enfermagem das redes federal, estadual e municipal do Rio de Janeiro e do setor privado fizeram, na manhã desta segunda-feira (3/10), mais um ato unificado pela implementação imediata do piso salarial da categoria. Realizada na Av. Pres. Vargas, em frente ao Rio Imagem, a manifestação foi convocada pelo Sindsprev/RJ e sindicatos da enfermagem, com apoio de centrais sindicais como CTB e CUT, sendo parte do Dia Nacional de Mobilização pelo piso.
O protesto foi marcado por momentos de grande tensão entre os profissionais de enfermagem e policiais militares chamados para liberar duas pistas da Av. Pres. Vargas que foram interditadas pelos manifestantes. Após um princípio de confronto no qual os PMs usaram spray de pimenta contra os profissionais de enfermagem, houve um entendimento para liberação parcial das pistas interditadas. Os policiais, no entanto, foram duramente criticados pela truculência e covardia.
Sob gritos de “não vai ter arrego, se você não paga o piso, você não vai ter sossego”, os profissionais permaneceram na Pres. Vargas até o meio-dia, quando então dirigiram-se até a entrada principal do Hospital Municipal Souza Aguiar, onde pretendem realizar uma assembleia na tarde de hoje para definir os próximos passos de suas mobilizações.
Servidores da saúde municipal que participaram da manifestação aproveitaram para cobrar, do prefeito Eduardo Paes a implementação de seu plano de cargos, carreiras e salários (PCCS).
“A enfermagem vai continuar ocupando as ruas até que o nosso piso seja efetivamente pago. O Congresso tem que se virar para garantir as fontes de custeio porque o nosso piso é um direito e tem de ser respeitado”, frisou Cristiane Gerardo, da direção do Sindsprev/RJ.
O ato unificado desta manhã repercutiu nas mídias comerciais e principais jornais do Rio, ganhando assim uma importante visibilidade para a luta pelo piso da enfermagem.
Algumas das propostas em tramitação no Congresso Nacional sobre custeio do piso dos profissionais de enfermagem são o Projeto de Lei Complementar (PLP 44), que autoriza a verba criada para o combate ao coronavírus para outros setores da saúde, não especificando quais; o PL 798, que aumenta a arrecadação federal com imposto sobre repatriação de recursos no exterior; o PL 458, que permite atualização monetária de bens com incidência de alíquota especial de IR; e o PL 1417, de 2021, que traz um auxílio-emergência para os hospitais filantrópicos para o combate à COVID.
Fonte: Sindsprev/RJ