Por Altamiro Borges
Eleita na onda ultradireitista de 2018, a desconhecida senadora Soraya Thronicke – que agora concorre à presidência da República pelo União Brasil – virou alvo da fúria bolsonarista. Após sua participação no debate da Band no domingo (28), quando chamou o presidente de “tchutchuca”, a candidata do Mato Grosso do Sul passou a sofrer ataques nas redes sociais.
Diante das ameaças, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ofereceu na quinta-feira (1) reforço da polícia legislativa para sua segurança. Soraya Thronicke prometeu “entregar muita coisa” sobre o fascista no poder e teme pela vida. Ela já conta com a proteção da Polícia Federal e terá o apoio da segurança do Congresso Nacional.
Um dos seus maiores detratores é o filhote 01 do presidente, o senador Flávio Bolsonaro – também apelidado de Flávio Rachadinha. Após o debate, ele fuzilou a ex-colega. “Você que também nunca tinha ouvido falar da candidata Soraya, assim ela foi eleita: ‘a senadora do Bolsonaro’. A história já mostrou como o eleitor trata traidores”, tuitou.
De imediato, Soraya Thronicke respondeu nos comentários do post. “Fui sim, eleita com Bolsonaro, acreditando nas bandeiras do combate à corrupção. Logo após, me decepcionei por completo, começando por você, que me ligou aos berros exigindo a retirada da minha assinatura na CPI da Lava Toga. Jamais me curvarei a vocês, traidores da Pátria”.
Como lembra a Folha, “Soraya se elegeu na onda bolsonarista após ganhar destaque por críticas à ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ela foi aluna de Simone Tebet no curso de Direito em uma universidade privada de Campo Grande… Ela é casada com Carlos César de Lima Batista, tesoureiro do União Brasil em MS. A família comanda uma rede de motéis em Campo Grande”.
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