Bolsonaro e Paulo Guedes querem doar entregar a Petrobras a capitalistas estrangeiros. De graça, sem nenhuma contrapartida para o erário público, que pode inclusive ter prejuízo na operação, conforme alerta a insuspeita assessoria jurídica do Ministério da Economia.
Seria um crime de lesa-pátria, não só mais um, mas o maior deles. Um crime que o governo da extrema direita quer consumar se possível antes da eleição. Mas os petroleiros já aprovaram que irão à greve contra a privatização, conforme Paulo Neves de Oliveira Júnior, secretário de Assuntos Jurídicos e Institucionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP);
Ele observa que, desde sua fundação, em 1953, “a Petrobras sempre esteve no centro do debate político. Porém, a descoberta do Pre-Sal atiçou ainda mais a cobiça dos países imperialistas. Paulo Guedes não conseguiu concluir a privatização das refinarias, e em uma medida desesperada, para atender o capital especulativo internacional, optou por doar o controle da empresa para os acionistas minoritários”.
Em sua opinião, a assessoria jurídica do Ministério da Economia “acerta quando classifica tal medida (o projeto de privatização do governo) como um crime ao erário público”, mas é necessário ir além disto. “Não se deve cogitar a possibilidade de implementação de outras formas de privatização, mesmo que haja um aporte financeiro para a União e convém lembrar que os ativos vendidos até o momento foram entregues por valores muito abaixo do mercado”.
É essencial manter a Petrobras como empresa pública, concluiu o sindicalista. “Por esta razão, a Federação Única dos Petroleiros aprovou em todas as suas bases, a realização de uma greve, caso Lira, Guedes e Bolsonaro levem adiante qualquer projeto de privatização da Petrobras”.