No dia 11 de agosto de 2021 foi sepultado o companheiro Wagner Gomes, que morreu no dia anterior aos 64 anos, vítima de um infarto fulminante. Metroviário, ele presidiu o sindicato da categoria em São Paulo e também foi fundador e presidente da CTB
A notícia cobriu de luto o movimento sindical brasileiro e motivou uma nota unitária das centrais sindicais. Uma das características mais admiráveis do sindicalista era a defesa da unidade da classe trabalhadora e do movimento sindical brasileiro.
Araçatuba (SP) foi sua cidade natal. Ele chegou na capital paulista em 1970, aos 13 anos. Iniciou seu ativismo sindical em 1978 como funcionário da antiga Telesp. Foi operador de trens do Metrô, ajudando a fundar o sindicato da categoria em 1981 e tornando-se presidente em 1989 e depois em 2009.
Foi também vice-presidente da CUT e o primeiro presidente da CTB, em 2007, quando a Central foi fundada, reeleito no segundo congresso em 2009. Ele também andou pela política, era da direção nacional do PCdoB e foi candidato ao Senado em 2002. Embora não tenha sido eleito, recebeu uma votação expressiva.
Dizer que ele foi um sindicalista muito querido e respeitado no movimento não é mera força de expressão, conforme enfatizou a nota assinada pelos 11 presidentes das centrais sindicais brasileiras. Ele foi um ser humano exemplar.
Foi para a CTB e o movimento sindical brasileiro uma perda inestimável, profundamente triste e sentida, mas deixa viva a lição de coerência na luta que deu sentido à sua vida. Lembrar Wagner Gomes e homenagear sua memória é também reiterar o compromisso classista da CTB de defesa intransigente dos interesses da nossa classe trabalhadora e de um Brasil mais justo, democrático e progressista.