Terça-feira (2/8) foi dia de lutar em favor da democracia. Representantes de centrais sindicais, movimentos sociais, parlamentares e embaixadores de diversos países estiveram presentes no Senado Federal para dar “basta coletivo” aos ataques promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro e por setores do governo contra o processo eleitoral brasileiro de 2022, a justiça eleitoral, juízes e servidores.
O ato, realizado na Sala 3, da Ala Alexandre Costa II, denunciou ataques antidemocráticos impostos aos trabalhadores como assédio moral e demissões, além de perseguições como aplicação de processo administrativo disciplinar (PAD), no último 25 de julho, ao servidor público federal, Flauzino Antunes, presidente licenciado da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/DF).
O fato demonstra o quanto o governo Bolsonaro é extremamente opressor, não permitindo que o servidor federal tenha liberdade sindical e nem política, para desempenhar suas funções, além do trabalho.
“Sou a prova viva dessa perseguição. Abriram um processo administrativo contra mim, para não participar de atividades sindicais e por ser filiado ao partido de oposição”, declarou. Antunes é candidato a deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB/DF).
Crimes por motivação política como a morte da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, e do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, foram lembrados. “A morte de Marcelo foi declarada crime político, qualificado duas vezes por motivação política”, reforçou Daniel Godoy, advogado contratado pela família de Marcelo, presente no ato.
Ao final do evento, a estudante de Direito Rayssa Cavalcanti, integrante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) fez a leitura de uma carta que será entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, nessa quarta-feira (3/8), em reunião às 13h30.
No documento são repudiados ataques que instituições da justiça eleitoral vem sofrendo de forma reiterada e sistemática e pedem que o Congresso Nacional reaja às ameaças de Jair Bolsonaro e exige que a Casa se manifeste claramente contrária a qualquer aventura golpista.
O encontro foi organizado pela Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral.
Ascom – CTB-DF