Na categoria, a desigualdade de gênero ainda é grande e precisa ser combatida. As mulheres recebem, em média, 78,1% do salário dos bancários. A discrepância é ainda maior quanto se trata da remuneração das bancárias pretas, que recebem 59% da média dos homens brancos.
Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), expostos pelo Comando Nacional dos Bancários na última rodada de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), só refletem a distorção da visão do mercado financeiro sobre as mulheres.
A média que um homem branco bancário ganha é de R$ 10 mil, a mulher branca recebe R$ 7,8 mil e a mulher negra apenas R$ 5,9 mil. De acordo com os dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), ao observar a proporção de bancários por sexo e escolaridade, no grupo com ensino completo, as mulheres recebem em média 76% do salário dos homens.
Na minuta de reivindicações da campanha salarial deste ano, os trabalhadores pleiteiam a garantia de direitos e salários iguais para trabalho de igual função e valor, assim como o direito a igual salário sem distinção de raça, cor, gênero, idade e orientação sexual (LGBTQIA+). A exigência é pela formulação de programas para eliminar as distorções.