Não é novidade que Bolsonaro desrespeita e não valoriza quem trabalha, mas os desmontes e ataques contra o setor público tem afetado diretamente os trabalhadores e trabalhadoras. Por isso, essa semana os servidores públicos federais estão mobilizados em Brasília, e em diversos estados, para exigir reajuste salarial e negociação de carreira. As mobilizações são fruto da iniciativa das centrais sindicais, entre elas a CTB, em parceria com o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais).
O secretário do Serviço Público e dos trabalhadores públicos da CTB, João Paulo Ribeiro, o JP, está em Brasília e conta que a mobilização nos aeroportos – para recepcionar e conversar com os deputados que chegam – tem sido uma das estratégias de ação dos servidores públicos federais. Além disso, durante a semana eles irão percorrer a Câmara Federal e o Senado em busca de diálogo com deputados e senadores para exigir orçamento, exigir que os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público federal sejam colocados na conta no próximo ano, e assim tenham condições de negociar reajuste e carreira.
Depois de cinco anos sem reajuste, e diante do desmonte acelerado que Bolsonaro vem promovendo no setor público, nas estatais, nas universidades, os servidores decidiram unificar a luta, para fortalecer o movimento. Então nessa terça-feira (5), as atividades foram realizadas sem parceria com os trabalhadores e trabalhadoras das estatais, entre elas os Correios, a Eletrobras e a Petrobras. “a mobilização também é contra o corte nas universidades, e solicitando negociação nas carreiras de cada setor. As carreiras estão paradas há anos. Por isso vamos unificar nossas atividades com os companheiros das estatais, é em defesa da valorização do serviço público.”, explica JP.
Para o dirigente sindical, “o papel das centrais é mobilizar, denunciar e tentar abrir espaço para que não se aprofunde ainda mais o desmanche e a destruição do serviço público. A ampliação das terceirizações, as mortes dos servidores do serviço público que estão expostos à pandemia – nos hospitais universitários várias pessoas faleceram – muitos setores inclusive não pararam, não puderam parar com a pandemia. E mesmo assim esse governo que não tem compromisso com a sociedade, desvaloriza, terceiriza, precariza todo o serviço. O papel da CTB é estar junto na mobilização, organizando, apoiando e tentando abrir espaço para fazer com que essa destruição seja mínima. Então nós estaremos na luta e, se preciso for, nós iremos até a greve. Porque a greve faz parte de defesa da valorização. Nós estamos fazendo várias discussões com deputados, da minoria, da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público, para que eles garantam para o ano que vem recursos para que a gente possa ser valorizado e acabe esse período enorme sem ajuste, tendo em vista todo o aumento dos preços, as coisas estão caras. Então o papel da CTB é continuar mobilizada, e tirar esse genocida do poder que destrói o serviço público”.
Confira a agenda completa de lutas dessa semana:
A jornada de luta será incorpada por diversas entidades que compõe o FONASEFE. ?
?✂️ Diante dos últimos ataques, como o corte no orçamento da Educação, é preciso resistir e só com muita unidade seremos vitoriosos. Em defesa dos serviços públicos.. participe!
PROGRAMAÇÃO:
04 de julho
13h em diante – Recepção dos(as) deputados(as) no aeroporto em Brasília e pressão na saída dos estados ?
05 de julho
7h – Recepção dos(as) deputados (as) no aeroporto em Brasília.?
14h – Mobilização em frente ao Anexo II da Câmara ?
06 de julho
Manhã – Reunião com os parlamentares sobre os orçamentos ?
14h – Vigília em frente ao Anexo II da Câmara e visita aos gabinetes dos parlamentares. ?️
07 de julho
10h – Manifestação pela imediata abertura da CPI da Educação. ?