Em audiência pública, na última segunda-feira (20), na Câmara de Vereadores de São Paulo, proposta pelo Sintaema e realizada pelo mandato do vereador de São Paulo, Eliseu Gabriel (PSB/SP), a direção do Sindicato voltou a denunciar o projeto de privatização de Rodrigo Garcia e o que está em jogo com a ameaça de venda da Sabesp.
Além da luta contra a privatização, o Sintaema e as demais entidades externaram seu alerta sobre o brutal assassinato do indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips – que, segundo aponta a investigação, foram queimados e esquartejados.
“Esse crime violento se soma a muitos outros que ocorreram nos rincões do país e que se multiplicaram de forma assustadora desde 2016, quando os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro tomaram a decisão de passar a boiada com normas e leis que só miram a destruição do meio ambiente no Brasil”, lamentou o presidente do Sintaema, José Faggian, ao destacar que além da água, o Sindicato segue firme e em luta pela preservação do meio ambiente.
Uma escalada contra o patrimônio nacional
Durante sua fala, Faggian listou os diversos ataques contra o patrimônio e a soberania nacional. “Não há limites para o governo que se instalou no Palácio do Planalto. Entre os diversos crimes cometidos pelo governo Jair Bolsonaro destacamos a privatização da Eletrobras. Nenhum país que pensa em seu povo, em seu futuro e em garantir desenvolvimento vende seus recursos energéticos”, afirmou.
Ele destacou ainda que “não bastasse o desmonte do Estado, esse governo nada faz para enfrentar a brutal degradação e desalento que toma conta da grande maioria da população e a condena à fome e à miséria, no país que é o maior produtor de alimentos do mundo”.
Por uma Sabesp pública
Na audiência pública, todos os presentes destacaram o valor e potência da Sabesp. “Uma empresa lucrativa, que distribui dividendos, uma empresa bem avaliada, produtora de tecnologia, referenciada no mundo por seu serviço de excelência. A privatização é um erro, irá prejudicar nosso estado, sobretudo as populações que mais precisam”, reafirmou o presidente do Sintaema.
E lembrou: “Os únicos que terão vantagem com a privatização da Sabesp serão os que irão lucrar com toda a estrutura sólida da empresa: o setor privado. Por isso essa sanha das gestões tucanas pela venda da empresa”.
Água é vida!
Ao longo dos seus 47 anos de luta em defesa da água como bem público e pelo acesso universal ao saneamento básico, o Sintaema sempre lutou para preservar a função para a qual a Sabesp foi criada: garantir o acesso à água e ao saneamento de qualidade para todos e todas.
Além da defesa da Sabesp como patrimônio, “o Sintaema nunca perdeu de vista a luta pelo investimento na empresa, pela valorização dos trabalhadores e trabalhadoras. Lembrando que quando se valoriza e distribui a renda se estimula um círculo virtuoso na economia. É com este horizonte que o Sintaema se ampara para defender, de forma incansável, a Sabesp”, finalizou Faggian.
Assista aqui o que foi discutido na audiência pública na Câmara:
Fonte: CTB-SP