Começou esta semana o Congresso Internacional da LAB, a central sindical do País Basco. A CTB participa deste encontro da classe trabalhadora, e denuncia os desmontes promovidos pelo governo Bolsonaro que tanto tem penalizado os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras.
O comandante Carlos Müller, presidente da Confederação dos Marítimos e secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, está presente no Congresso, e falou aos trabalhadores e trabalhadoras bascos na manhã desta quarta-feira (15).
Reproduzimos a seguir o discurso na íntegra em português e espanhol:
Congresso internacional da LAB
Em nome da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), trago saudações do nosso presidente Adilson Araújo, e de toda nossa direção nacional e desejamos à LAB um exitoso congresso.
Companheiros e companheiras,
A pandemia do coronavírus trouxe à superfície o colapso do sistema econômico mundial e são os trabalhadores dos países em desenvolvimento, como o Brasil, que sofrem as piores consequências desta realidade.
O negacionismo do governo brasileiro produziu um genocídio na pandemia com quase 670 mil mortos, e mortalidade quatro vezes maior que a média mundial.
A desindustrialização, a queda dos investimentos, a destruição do sistema estatal de proteção social, a precariedade do trabalho, o ataque aos sindicatos e as desigualdades produzidas pelo neoliberalismo tem golpeado com mais dureza os brasileiros e brasileiras mais vulneráveis.
A situação piora no Brasil. Nem sequer existe possibilidade de Diálogo Social, como propõe a OIT (Organização Internacional do Trabalho). O governo de Bolsonaro excluiu os sindicatos e movimentos sociais dos conselhos antes existentes e intensifica a agenda que interessa ao sistema financeiro internacional.
A visão liberal da economia não oferece uma solução aos problemas que vive a população brasileira. O resultado é que hoje, no Brasil, mais da metade da força laboral está em situação de desalento, desemprego ou informalidade. Com a ausência de trabalhos formais, se expande um sistema de escravidão moderna conhecido como trabalho em aplicativos e plataformas digitais que agora também afeta as trabalhadoras domésticas.
Só cinco pessoas no Brasil têm a mesma riqueza que os cem milhões de brasileiros mais pobres.
Com a proximidade das eleições gerais, que devem ser realizada sem 2 de outubro no Brasil o primeiro turno, e em 30 de outubro o segundo turno, o presidente do Brasil fomenta a desconfiança no sistema eleitoral, promove a tensão entre os poderes executivo, legislativo e judiciário e incentiva a seus seguidores a perseguir a imprensa, a oposição e aos ministro do Supremo Tribunal Federal.
Os esforços de unidade que as forças progressistas e de esquerda estão realizando atualmente no Brasil em apoio ao presidente Lula são para a continuidade da democracia, para que os brasileiros em situação de fragilidade tenham atenção por parte do Estado, e para a retomada do desenvolvimento sustentável com respeito pelo meio ambiente.
Lhes informo que o jornalista britânico Don Phillips, e o indigenista brasileiro Bruno Pereira, seguem desaparecidos no estado do Amazonas, ao contrário do que informou a embaixada do Brasil em Londres nesta segunda-feira (13).
Compartilhamos grande parte da visão expressada na resolução, com destaque ao sindicalismo combativo, classista e com protagonismo feminino que organize a classe trabalhadora coletivamente para enfrentar o modelo neoliberal que se impõe à classe trabalhadora. Registramos apoio à resolução proposta para o 10° Congresso Internacional da LAB.
Viva a classe trabalhadora, viva os sindicatos combativos e classistas, viva LAB!
Em espanhol:
Congreso internacional de LAB
Por la Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB) traigo saludos de nuestro presidente Adilson Araújo y de toda nuestra direccion nacional y les deseamos a LAB un exitoso congreso.
Compañeros y compañeras
La pandemia del coronavirus ha dejado al descubierto el colapso del sistema económico mundial y son los trabajadores de los países en desarrollo, como Brasil, quienes sufren las peores consecuencias de esta realidad.
El negacionismo del gobierno brasileño produjo un genocidio en la pandemia con casi 670 mil muertos y mortalidad cuatro veces mas grande que la media mundial.
La desindustrialización, la caída de los ingresos, la destrucción del sistema estatal de protección social, la precariedad del trabajo, el ataque a los sindicatos y las desigualdades producidas por el neoliberalismo han golpeado con mayor dureza a los brasileños y brasileñas más vulnerables.
La situación empeora en Brasil. Ni siquiera existe la posibilidad del Diálogo Social como lo propone la OIT. El gobierno de Bolsonaro ha excluido a sindicatos y movimientos sociales de los consejos antes existentes e intensifica la agenda que interesa al sistema financiero internacional.
La visión liberal de la economía no ofrece una solución a los problemas que vive la población brasileña. El resultado es que hoy, en Brasil, más de la mitad de la fuerza laboral se encuentra en situación de desánimo, desempleo o informalidad. Con la ausencia de trabajos formales, se expande un sistema de esclavitud moderna conocido como trabajo en aplicaciones y plataformas digitales que ahora también afecta a las trabajadoras domésticas.
Solo cinco personas en Brasil tienen la misma riqueza que los cien millones de brasileños más pobres.
Con la proximidad de las elecciones generales que deberían realizarse el 2 de octubre en Brasil en primera vuelta y el 30 de octubre en segunda vuelta, el presidente de Brasil fomenta la desconfianza en el sistema electoral, promueve la tensión entre los poderes ejecutivo, legislativo y judicial y alienta a sus seguidores a perseguir a la prensa, a la oposición ya los ministros del supremo tribunal federal.
Los esfuerzos de unidad que las fuerzas progresistas y de izquierda están realizando actualmente en Brasil en apoyo del presidente Lula son para la continuidad de la democracia, para que los brasileños en situación de fragilidad tengan atención por parte del Estado y para la reanudación del desarrollo sostenible con respeto por el medio ambiente.
Leis confirmo que el periodista británico Don Phillips y el indigenista brasileño Bruno Pereira siguen desaparecidos en el estado de Amazonas, al contrario de lo que informó la embajada de Brasil en Londres ayer.
Compartimos grande parte de la visión expresada en la resolución, con destaque al sindicalismo combativo, clasista y con protagonismo femenino que organize a la clase trabajadora collectivamente para enfrentar el modelo neoliberal que se le impone a la clase trabajadora. Registramos apoyo a la resolución propuesta para el 10º congreso internacional de LAB.
Y viva la clase obrera, viva los sindicatos combativos y clasistas, viva LAB!