Na próxima terça-feira (14), é dia de lutar contra a carestia, as taxas de juros altos e o aumento do custo de vida. A CTB, junto às demais centrais sindicais, vai realizar uma manifestação a partir das 10 horas, em frente ao Banco Central, durante a reunião do Copom.
O custo de vida aumentou e não há perspectiva de melhora. Os trabalhadores e trabalhadoras são os mais penalizados porque a cesta básica já não cabe no salário-mínimo. O gás de cozinha, o combustível, e até a comida chegaram a preços exorbitantes.
Por isso a CTB convoca todos os seus dirigentes e ativistas dos sindicados para comparecer ao ato com faixas, bandeiras e muita disposição para barrar essa política de desmonte e descaso com a classe trabalhadora.
O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, denuncia a política de retrocessos impulsionada por Jair Bolsonaro: “Enquanto o mundo enfrenta a crise apontando para uma perspectiva de redução e taxa de juros, maior oferta de crédito, garantia do seguro-desemprego, auxílio emergencial, no Brasil se faz uma política de elevação da taxa de juros. As pesquisas vêm ressaltando que a questão da carestia ampliou o drama das famílias, seja pelos juros abusivos, e as dificuldades que o trabalhador vem enfrentando com a redução da massa salarial e o poder de compra dos salários. É visível o quanto isso tem impacto na vida das pessoas no momento que você vai ao supermercado”.
Segundo Adilson, a ideia é que a campanha cresça e se desenvolva em todo o Brasil, a fim de conscientizar a classe trabalhadora e barrar o avanço dessas políticas impopulares. “Essa campanha precisa ser fortalecida em todo o país, e daí a importância que no dia 14 a gente ganhe as ruas para denunciar este governo que tem sido um desastre. Um governo que segue massacrando o povo, promovendo um verdadeiro flagelo. Tá tudo caro, a culpa é do Bolsonaro”.
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, este é um momento crucial para os sindicatos entrarem em ação em defesa das trabalhadoras e trabalhadores. “É fundamental neste momento que o movimento sindical venha manifestar sua discordância da política econômica, que mantém juros altos e prejudica os empregos, as empresas e o consumo, e a inflação alta que aumenta o custo de vida. Só a mobilização da sociedade pode conseguir mudança na direção da política econômica que está uma desgraça sobre o povo brasileiro”, garante.
Já o secretário-geral da CTB, Ronaldo Leite alerta que o aumento da taxa Selic, do Banco Central, e o consequente aumento no custo de vida impactam diretamente a população, principalmente a mais pobre. “Convocamos o ato para 14 de junho por ser o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central. E, ao que tudo indica, vão aumentar novamente a taxa básica de juros”.
Serviço
Ato das Centrais Sindicais contra Juros Altos e Carestia
Dia: 14 de Junho 2022
Horário: 10h00
Local: Av. Paulista, 1.804, em frente ao Banco Central, São Paulo