Na pesquisa espontânea, que analistas consideram mais consistente e relevante que a estimulada, Lula tem 41% das intenções de voto contra apenas 29% de Bolsonaro e 7% dos demais candidatos, o que lhe daria vitória no primeiro turno, resultado também sugerido pela última pesquisa Datafolha inclusive a estimulada
A BTG/FSB divulgou nesta segunda-feira (30) a terceira rodada da pesquisa que realizou sobre o cenário eleitoral. Embora com métodos e números diferentes do Datafolha, uma vez que foi apurado por telefone, o levantamento indica o avanço de Lula e sugere que, ao contrário do que imaginaram alguns analistas, os votos do tucano João Doria, que saiu da disputa depois de levar uma rasteira da direção do PSDB, migraram para Lula e não para o líder da extrema direita.
Bolsonaro manteve sua votação estimulada estável em 32%, mas viu seu principal adversário, o ex-presidente Lula, crescer de 41% para 46% das intenções de voto no 1º turno. Com a saída do tucano, a chamada 3ª via encolheu de 17% para 13% do eleitorado, repetindo o mesmo comportamento ocorrido quando Sérgio Moro deixou a disputa e a soma dos demais candidatos havia recuado de 24% para 17%, em abril.
Oito em cada 10 eleitores escolhem hoje Lula ou Bolsonaro. Juntos, os demais candidatos somam apenas 13%. Os números mostram que a desistência de nomes da chamada 3ª via tem reforçado a polarização entre Lula e Bolsonaro. Quando Moro saiu, Bolsonaro cresceu, segundo a pesquisa. Agora, com a saída de Doria, foi a vez de Lula ganhar terreno.
Assim como a intenção de voto, a avaliação do governo Bolsonaro ficou estável: 29% de ótimo/bom, 20% de regular e 50% de ruim/péssimo. A taxa de aprovação do presidente também ficou estável, em 35% de aprova e 60% de desaprova.
Na pesquisa espontânea, a vantagem de Lula é maior. Ele tem 41% das intenções de voto contra apenas 29% de Bolsonaro e 7% dos demais candidatos, o que lhe daria vitória no primeiro turno, resultado também sugerido pela pesquisa Datafolha inclusive a estimulada
A pesquisa traz ainda dados sobre o comportamento do eleitor em relação à importância de fatores que podem influenciar o voto (como debates, horário eleitoral, noticiário etc.) e expectativas sobre a inflação. Além disto, aponta a ampla vantagem do ex-presidente entre as mulheres, na classe trabalhadora, com destaque para os segmentos mais pobres, e no Nordeste.
O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 27 e 29 de maio. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-03196/2022.
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