Aconteceu nesta quinta-feira (7) a Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat), que reuniu as centrais sindicais CTB, CUT, Força Sindical, UGT, CSB, Nova Central, Conlutas, Intersindical e Pública. Os trabalhadores e trabalhadoras aprovaram a Pauta da Classe Trabalhadora, documento em defesa de emprego, direitos, democracia e vida que agora será apresentado aos presidenciáveis de 2022, e aos representantes no Congresso Nacional, Senado e Supremo Tribunal Federal.
Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, a Conclat foi um momento de reflexão, cujo objetivo é promover a consciência da classe trabalhadora, a fim de caminhar para a construção de um novo governo, mais democrático e popular. “A vida não está boa nem pra você, nem pra ninguém, o desemprego é avassalador, ronda os lares das famílias brasileiras, o preço do botijão de gás, da gasolina, a carestia dos alimentos há de provocar uma indignação, um clamor por mudanças urgentes. A Conclat serviu também para promover a consciência da nossa classe trabalhadora tão sofrida, objetivando evidentemente caminhos que possam justificar o alcance de um governo democrático e popular para que o povo tenha o direito de ser feliz”.
Desde o golpe de 2016, que derrubou a presidenta eleita Dilma Rousseff, a condição de vida dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras piorou, e muito. O desemprego atinge o maior índice das últimas décadas, com quase 20 milhões de desempregados, a inflação é a maior em 28 anos, o preço dos alimentos, do combustível e do gás de cozinha penalizam não só os mais pobres, mas a classe trabalhadora como um todo. O documento aprovado nesta Conclat traz uma série de propostas que buscam reverter esse quadro desastroso e apontam para um futuro com estabilidade financeira e social, direitos garantidos e soberania popular.
Segundo o secretário geral da CTB, Ronaldo Leite, “a Conclat 2022 buscou apresentar uma nova agenda da classe trabalhadora de reconstrução do Estado, de combate ao desemprego, combate à política que o governo Bolsonaro vem desenvolvendo de desmonte do Estado. Daqui em diante nós teremos não só os encontros estaduais dos trabalhadores, como também vamos travar uma batalha ao longo deste ano de 2022 que será a disputa pela retomada do nosso país”.
O lema da Conclat foi “emprego, direitos, democracia e vida”, e segundo Leite, é o resultado da unidade das centrais sindicais que têm como principal desafio este ano derrotar Bolsonaro e defender os direitos da classe trabalhadora. Agora, com este documento em mãos, os dirigentes sindicais partem rumo à Brasília para defender os direitos da classe trabalhadora frente às autoridades pertinentes. Eles participam, na próxima segunda-feira (11), do lançamento das Agendas Legislativa e Jurídica das Centrais Sindicais, a ser realizado na Câmara Federal e no Senado, com a presença dos presidentes das Casas, Arthur Lira, e Rodrigo Pacheco, respectivamente. O evento será transmitido através das redes oficiais das centrais, entre elas a CTB, bem como pela TV Senado.