A necropolítica ultraliberal do governo Bolsonaro destrói o Brasil, literalmente. Se realmente sair do papel, a privatização da Eletrobras, prevista para maio, vai causar um prejuízo sem precedentes à nação. A venda da estatal coloca em risco a soberania nacional no setor energético e coloca o Brasil na contramão do mundo. Cerca de 60% das empresas de energia do planeta são geridas pelo Estado.
A Eletrobras – maior empresa da
América Latina – é uma gigante no setor. São 233 usinas de geração de energia,
seis distribuidoras na região Norte e Nordeste e mais de 61 mil quilômetros de
linhas de transmissão, metade do total do país.
A grandeza da estatal não está apenas
nos ativos físicos, mas também nos resultados operacionais. Entre 2018 e 2020,
registrou lucro líquido acumulado de R$ 30,7 bilhões. No terceiro trimestre de
2021, o resultado foi de R$ 965 milhões.
Mas o governo Bolsonaro não está nem
aí. Quer deixar o país refém de multinacionais que têm como o único interesse o
lucro, assim como fez com a refinaria Landulpho Alves, na Bahia.
A Eletrobras ainda pode ser vendida a preço de banana, avaliada a um preço 15 vezes inferior a empresas semelhantes no mercado. Bolsonaro quer entregar de mão beijada ao grande capital por R$ R$ 67 bilhões. Mas o valor real seria de R$ 130,4 bilhões.
Não é só isso. O cidadão vai sentir no bolso, pois com a privatização, a conta de luz vai subir mais. Se está difícil agora, pode ficar pior mais na frente. E o TCU (Tribunal de Contas da União), que poderia barrar a venda, deu para trás.
Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia