A Associação Comunitária de Mulheres, do Assentamento Estrela, em Jaguari, a 56 quilômetros de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, debateu as questões de gênero e a violência contra as mulheres no seu já tradicional café da manhã, que acontece todos os anos.
“A organização do nosso café da manhã envolve todas as mulheres de luta do assentamento, onde debatemos os problemas que enfrentamos por sermos mulheres”, diz Thaisa Daiane Silva, secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), secretária de Jovens e Políticas Sociais da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Mato Grosso do Sul e dirigente da CTB nacional.
De acordo com Thaisa, as assentadas pela reforma agrária, debateram as questões envolvendo as trabalhadoras do campo, as dificuldades impostas pelo atual governo à agricultura familiar e como superar a violência doméstica.
A organização da 7ª Marcha das Margaridas, que ocorre no ano que vem, foi um dos destaques do evento. “A luta das mulheres por equidade e igualdade de direitos não vai parar até conquistarmos nossos direitos, seja no campo ou na cidade”, assegura.
A Marcha acontece de quatro em quatro anos em homenagem à líder sindical Margarida Maria Alves, assassinada brutalmente pelo latifúndio em 12 de agosto de 1983, aos 50 anos, no interior da Paraíba.