Por Altamiro Borges (Charge: P.Batista)
As últimas pesquisas de intenção de voto têm preocupado a cloaca burguesa. Além de confirmarem a vantagem de Lula, elas indicam o aumento da rejeição de Jair Bolsonaro e a fragilidade da tal terceira via. No caso do fascista, a reeleição se torna cada dia mais difícil – o que pode causar mais fraturas no campo da direita nativa e atiçar a sua agressividade.
A pesquisa Exame/Ideia divulgada na sexta-feira (12) mostrou que 52% dos brasileiros consideram o governo “ruim ou péssimo”. Já a sondagem do PoderData, postada na quinta-feira (11), apontou 57% de avaliação negativa. A Vox Populi do mesmo dia foi ainda mais assustadora para o fascista: 69% rejeitam a reeleição de Bolsonaro. E na pesquisa Genial/Quaest, publicada na quarta-feira, a avaliação negativa do presidente atingiu 56%, 11 pontos a mais que em agosto.
Com base nesses números, muitos analistas avaliam que o “capetão” já está com os seus dias contados – e devia mesmo providenciar um exílio faraônico em Dubai. “Bolsonaro tem índices muito desfavoráveis. Se vencer, será a maior virada de uma eleição presidencial recente na América Latina”, afirma Maurício Moura, fundador do Instituto Ideia.
Um ponto de não retorno?
“As pesquisas de opinião divulgadas esta semana mostram que a rejeição ao presidente Bolsonaro alcançou um patamar tão alto que pode ter atingido um ponto de não retorno, o que inviabilizaria a reeleição… Diante do cenário atual e das expectativas pessimistas de futuro, Bolsonaro periga ser o único presidente do período democrático a não conseguir se reeleger desde que é possível a reeleição. Um mito ao contrário”, conclui a jornalista Maria Carolina Trevisan em excelente artigo no site UOL. Será mesmo?
Muita água vai rolar até outubro de 2022. Jair Bolsonaro tem a poderosa máquina do governo e muita grana para torrar no próximo ano. Além disso, ele conta com uma retomada da economia – mesmo que seja tímida – e com o Auxílio Brasil. Já Lula será alvo de um bombardeio, seja da milícia bolsonarista nos esgotos das redes sociais ou da mídia tradicional, que fará de tudo para invisibilizar a sua candidatura. O jogo será duríssimo. Torço para que Carolina Trevisan esteja certa!