FNL promove Marcha Nacional da Terra, Trabalho, Moradia e Educação

A Frente Nacional de Luta (FNL) Campo e Cidade promoverá a partir de quarta-feira (10) a Marcha Nacional da Terra, Trabalho, Moradia e Educação. Com concentração em Sorocaba (SP), a marcha deve se dirigir até São Paulo (SP), encerrando-se na próxima segunda-feira (15).

“Que seja uma marcha não só da FNL – mas de toda a classe trabalhadora. De 10 a 15 de novembro, estaremos em marcha para apresentar nossa pauta nacional e também a estadual”, afirma Claudemir Silva Novais, um dos coordenadores da Frente.

Após uma série de ocupações promovidas pela FNL, a pauta relativa a questões nacionais já foi entregue ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Mas o governo Jair Bolsonaro ainda deve uma resposta. De acordo com Claudemir, a luta contra o governo Jair Bolsonaro deve ser incorporada à plataforma da FNL.

Já do ponto de vista local, Claudemir destaca o Projeto de Lei (PL) Nº 410/2021 e a garantia do uso de terras públicas no Pontal do Paranapanema para a reforma agrária. “Essa ação das terras públicas é trânsito em julgado – já foi definida pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Portanto, essas áreas devem ser retomadas e direcionadas à reforma agrária, conforme determina uma lei estadual de 1985”, explica Claudemir.

Sobre o PL 410, ele afirma que um artigo trata justamente da legalização do meio de terra no estado. “O projeto vai titularizar terras públicas que estão em litígio com o governo estadual. É preciso que o governo Doria comece a nos ouvir – e a deixar de tratar a questão social como caso de política”, acrescenta.

A FNL

Fundada em janeiro de 2014, a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade é composta por movimentos sociais regionalizados e está presente em 12 estados. “Recentemente, nos organizamos no Rio Grande do Sul. Temos, ainda, outros quatro núcleos estaduais”, diz Claudemir, enfatizando o caráter nacional da FNL.

Nesta segunda-feira, o coordenador da Frente visitou a sede da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), em São Paulo, para falar da Marcha Nacional. Ele foi recebido pelo presidente da CTB, Adilson Araújo; pelo secretário-geral, Ronaldo Leite; e pelo secretário-ajunto de Políticas Sociais, Rogério Nunes.