A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) participou nesta quinta-feira (4) da reunião do Conselho Municipal de Emprego Trabalho e Renda de Osasco. De caráter consultivo e participativo, o conselho tem a missão de debater e sugerir propostas para a criação de empregos e oportunidades de renda, com foco nos mais necessitados.
“A convite do sr. José Roberto S. dos Santos, titular do Conselho, falamos sobre o desemprego no País e, em especial, as alternativas de emprego e renda para o município de Osasco e região”, afirma Carlos Rogério Nunes, secretário-adjunto de Políticas Sociais da CTB. A reunião ocorreu no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Civil de Osasco.
Segundo a CTB, para a criação de mais oportunidades de trabalho, é necessária uma política nacional com esse determinado fim. São poucos os casos em que um município ou estado consegue uma política de geração de emprego para os trabalhadores de sua área de atuação. Mesmo assim, Osasco conseguiu, em 2021, manter o equilíbrio entre demissões e admissões, conforme Gelso de Lima, secretário de Emprego e Renda do município, presente na reunião.
Para a CTB, é de responsabilidade do movimento sindical a defesa dos interesses da classe trabalhadora, seus empregos e seus direitos sociais. Rogério enfatizou a importância de diminuir o número absurdo de desempregados no País – algo em torno de 13,2% em agosto. A central defende um projeto nacional de reconstrução do Brasil, com retomada do crescimento econômico e geração de emprego e renda.
“Ao mesmo tempo, defendemos e cobramos do poder municipal uma política de qualificação e requalificação dos trabalhadores de Osasco. É do conhecimento de todos que vivemos numa sociedade que cotidianamente progride em ciência, tecnologia, assim como novos métodos de gestão e gerenciamento produtivos”, lembrou o dirigente da CTB.
De acordo com ele, a 4ª Revolução Industrial, em curso no mundo, “altera profundamente o ambiente das empresas – indústrias, comércio, serviços, agricultura e pecuária –, modificando antigos procedimentos laborais por novos e sofisticados sistemas, com alto grau de desenvolvimento tecnológico, da robótica e da microeletrônica”. Por isso, “propomos ao Conselho a implantação de políticas públicas municipais para requalificação de trabalhadores em face dessa nova reconfiguração do mundo do trabalho”.
Com 700 mil habitantes, Osasco tem o segundo maior PIB do estado de São Paulo e o oitavo do País. “Temos plena convicção da necessidade urgente de unificar a pauta mais geral da classe trabalhadora brasileira com a pauta específica dos trabalhadores de Osasco”, concluiu Rogério.