O Dia do Servidor Público, 28 de outubro, chega mais uma vez em meio à pandemia. Nada a comemorar, muito a lutar. É esse o sentimento comum aos servidores públicos da saúde.
As perdas acumuladas estão nas esferas nacional, estadual e municipal. Em um cenário de pandemia, em que esta categoria ficou mais em evidência, colocando suas vidas e saúde em risco para salvar vidas, faltou o reconhecimento. Servidores públicos da saúde seguem sem valorização.
A reforma trabalhista e a da Previdência retiraram ainda mais direitos desses trabalhadores e os danos ficam mais evidentes com as reformas realizadas nos municípios, como em Fortaleza, por exemplo. Isso, sem falar da reforma administrativa (PEC 32), que bate à porta com mais ameaças de perdas para o serviço público, afetando negativamente tanto servidores públicos como a população em geral.
Como se não bastasse a retirada de direitos e jornadas de trabalho exaustivas, os servidores sofrem com o achatamento das remunerações, com inflação em alta e sem reajuste salarial.
Os tempos não são bons e a unidade na luta se torna cada vez mais essencial. No estado, a luta pela aprovação do PCCS segue a passos lentos e no município de Fortaleza, uma categoria chegou a parar as atividades para cobrar o direito de se qualificar dentro da jornada de trabalho porque a prefeitura se nega a conceder esse direito a um grupo de cerca de 600 servidores do concurso de 2015.
O Sindsaúde Ceará reafirma o compromisso com esta categoria e segue incansável, batalha a batalha, em defesa do SUS e dos servidores públicos. Vamos fazer da semana do Servidor Público uma semana de resistência e luta.
* Marta Brandão é presidente Sindsaúde Ceará