Eram cerca de 9 horas da manhã e os grupos de servidores que se organizaram para participar do ato pela Semana do Servidor Público e em defesa do PCCS no Palácio da Abolição, no Ceará, foram surpreendidos com uma recepção nada amistosa. Policiais fechavam todos os acessos ao prédio sede do gabinete do governador do Estado, Camilo Santana. Havia congestionamento para todo lado. A ordem estava clara: ninguém deveria se aproximar da sede do Governo.
Após percorrer várias ruas e ter o acesso, mesmo a pé, negado várias vezes, a presidente do Sindsaúde, Marta Brandão, decidiu furar o bloqueio policial para chegar à recepção do prédio. Ao lado da diretora Givana Lopes e outros dirigentes sindicais e servidores, o grupo avançou, apesar das tentativas de contenção dos policiais. O momento foi registrado em vídeo, que rapidamente ganhou repercussão nas mídias sociais.
Após essa atitude, representantes da gestão decidiram receber uma comissão para negociar. Na semana do servidor público, os servidores da saúde do Estado pedem agilidade na aprovação da reestruturação do PCCS da categoria. Foram recebidos pela assessora especial de Acolhimento dos Movimentos Sociais, Zelma Madeira, e pela assessora da Casa Civil, Camila Silveira: Marta Brandão e Silvânia Lopes, do Sindsaúde, Telma Cordeiro, do Senece, Tisha Galvão, do Sasec, Leonardo Alcântara, do Sindicato dos Médicos e André, do Sindicato dos Farmacêuticos.
Na saída, Marta Brandão falou aos presentes sobre o resultado da reunião. Ela esclareceu que nada está garantido, ao contrário de mentiras que circulam em grupos de WhatsApp e nas unidades de saúde do estado, onde se comentou que o PCCS seria assinado ainda nesta semana. Marta reforçou a necessidade do servidor se fazer presente nas mobilizações. “A conquista do PCCS só virá com luta e resistência e hoje isso ficou ainda mais claro”, afirmou.
Após a manifestação, dirigentes sindicais definiram os novos atos que serão realizados na luta pelo PCCS dos servidores do estado. Nesta quinta-feira (28), às 9 horas, haverá caminhada da Praça da Imprensa até a Assembleia Legislativa. Já na semana que vem, às 9 horas de 3 de novembro, o protesto será novamente em frente ao Palácio da Abolição.