Servidores municipais de São Paulo protestaram nesta quarta-feira (20) contra o Projeto de Emenda à Lei Orgânica (PLO) Nº 07/2021 – o “SampaPrev 2”. Uma manifestação unificada em frente à Câmara dos Vereadores, com a participação do Sedin (Sindicato dos Educadores da Infância de São Paulo) e da CTB, marcou o segundo dia da greve do funcionalismo.
De autoria do prefeito Ricardo Nunes (MDB), o PLO 7/2021 tenta impor uma nova reforma da Previdência municipal, prejudicando servidores ativos e aposentados. O projeto foi aprovado em primeiro turno na Câmara. No ato desta quarta, Claudete Alves, presidenta do Sedin e dirigente nacional da CTB, mandou o recado para os vereadores que apoiam o SampaPrev 2.
“Eles estão achando que nós estamos num velório, que nós já morremos. Eles estão achando que nós estamos de luto”, afirmou a dirigente. “Nós vamos ter de ensiná-los a conjugarem o verbo da Educação, da classe trabalhadora – que não é luto. É luta!”
Segundo Claudete, falta apenas um voto para os servidores virarem esse jogo na segunda votação. “E aí quem vai ficar de luto é o prefeito, porque nós vamos continuar na luta”, afirmou.
No final de 2018, a Câmara aprovou o SampaPrev – a nefasta reforma da Previdência do governo João Doria/Bruno Covas, do qual Nunes é herdeiro. A nova reforma amplia retrocessos, como o desconto previdenciário maior e o aumento da idade mínima e do tempo de contribuição para a aposentadoria.
A greve unificada, aprovada por sindicatos ligados às carreiras municipais, segue por tempo indeterminado. Uma nova assembleia ocorrerá na próxima quarta-feira (27), às 14 horas, também em frente à Câmara Municipal. Já em 28 de outubro, Dia do Funcionário Público, haverá ato unificado com servidores estaduais e federais.