Por Professora Francisca (Foto: Divulgação)
Nesta quinta-feira (30), a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo iniciou uma reunião com pelo menos 4 mil diretores de escolas do ensino oficial do estado na cidade de Serra Negra (SP).
Segundo o governo paulista, o evento acontece para discutir a implementação do que eles chamam de novo ensino médio, que é mais velho do que andar para frente e restringe o direitos de todas e todos a uma educação pública, inclusiva, democrática e de qualidade.</p>
Basta ver a foto divulgada pela própria secretaria, que o secretário Rossieli Soares está num palco sem máscara falando aos diretores aglomerados. O ato que mais parece eleitoreiro, está sendo custeado pelos cofres públicos e não observa os protocolos sanitários necessários para a prevenção da covid-19.
Muitos diretores reclamaram ao jornal <em>Folha de S.Paulo</em> que se deixassem seus alunos se aglomerarem como nesta reunião, seriam punidos pelo secretaria que nunca ouve ninguém. Por que agora convocou os 4 mil diretores para essa reunião em Serra Negra? Por que não fizeram em moldes menores para evitar aglomeração? Talvez o resultado apontado nas pesquisas eleitorais explique essa ansiedade.
No fundo, o evento desmascara o governo de João Doria, que faz tanto marketing de ser o governador da vacina, dos protocolos sanitários, da ciência e da vida, mas a realidade é bem outra.
Ele desrespeita as professoras e professores e todos os funcionários do governo. Ele não dialoga, não reajusta os salários, não melhora a estrutura das escolas e passa verbas públicas para empresas gerirem os projetos que engendra. Projetos sem diálogo com os mais interessados
<p>Doria e seu secretário mostram a verdadeira face desse governo distante dos interesses da maioria dos paulistas. Não dão nenhum valor à vida das educadoras e educadores, com não dão valor à vida dos estudantes, das servidoras e servidores. Estão preocupados somente em ganhar notoriedade para se promoverem. Nada mais.
Professora Francisca é secretária de Assuntos Educacionais e Culturais do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), secretária de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e dirigente da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil.