Laboratório indiano Bharat Biotech afirma que dois documentos enviados pela Precisa Medicamentos para o Ministério da Saúde foram fraudados
Um novo capítulo do escândalo das vacinas descoberto pela CPI da covid está sendo desenhado pelas revelações do laboratório indiano que produz a vacina Covaxin. De acordo com a empresa, dois documentos enviados pela Precisa Medicamentos para o Ministério da Saúde, com o carimbo da empresa papel timbrado e assinatura do diretor-executivo, foram fraudados.
A farmacêutica anunciou nesta sexta-feira (23) o fim do memorando de entendimentos assinado com a Precisa para a comercialização do imunizante no Brasil.
“Recentemente, fomos informados de que certas cartas, supostamente assinadas por executivos da empresa, estão sendo distribuídas online. Gostaríamos de ressaltar, enfaticamente, que esses documentos não foram emitidos pela empresa ou por seus executivos e, portanto, negamos veementemente os mesmos”, disse a Bharat Biotech por meio de nota.
De acordo com reportagem do UOL, as duas cartas, supostamente assinadas pelo diretor-executivo Krishna Mohan Vadrevu, estão incluídas nas 1.008 páginas do processo de compra da Covaxin, enviadas pelo Ministério da Saúde para a CPI da Covid. O colegiado investiga uma série de irregularidades no contrato celebrado pela pasta com a Precisa, que atuaria como intermediária da negociação.
Os documentos são datados do dia 19 de fevereiro deste ano, seis dias antes da assinatura do contrato para o fornecimento de 20 milhões de doses, totalizando R$ 1,6 bilhão. O valor por dose única, de US$ 15, foi o mais alto dentre todas as vacinas adquiridas pelo Brasil.
As negociações para compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde tornaram-se alvo da CPI da Covid no Senado, o que levou a pasta a suspender o contrato para compra do imunizante, após o empenho orçamentário de 1,6 bilhão de reais para pagar pelo fornecimento das doses da vacina.
Com 247
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