O vereador paulistano Arnaldo Faria de Sá, do PP, corre o risco de perder o mandato por racismo. A professora Claudete Alves da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Infantil de São Paulo, ingressou com uma representação na Câmara Municipal contra o político por quebra de decoro parlamentar, o que pode lhe custar o mandato.
A razão: racismo. No dia 12 de julho, uma segunda-feira, durante sessão extraordinária do legislativo paulistano, Faria de Sá referiu-se ao ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, como “um negro de alma branca”, expressão notoriamente racista que em si supõe a supremacia dos brancos inclusive no plano espiritual. Pitta sobreviveu a um pedido de impeachment, mas morreu pouco tempo depois (em 2009).
Claudete Alves, ex-vereadora pelo PT na capital paulista, sustenta na representação que a conduta de Faria de Sá viola vários dispositivos legais e configura racismo. Alerta, ainda, que se nenhuma sanção for adotada contra o parlamentar os demais vereadores estarão transmitindo a mensagem de que concordam com a frase e a conduta racistas.
O vereador do PP também está sendo investigado pelo Ministério Público pelo mesmo motivo a pedido da bancada do P-sol na Câmara Municipal, que também pediu a cassação do seu mandato. Após a péssima repercussão do discurso sobre o “negro de alma branca”, Faria de Sá pediu desculpas ainda durante a polêmica sessão, mas o estrago já estava feito. Racismo é crime e não deve permanecer impune.
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