Embora seja um país relativamente pobre e oprimido por décadas de bloqueio econômico imposto pela maior potência capitalista do planeta, Cuba tem obtido relevantes conquistas no combate à covid-19, agora destacadamente na produção de vacinas contra a letal doença. Há uma diferença chocante com o que se vê no Brasil de Bolsonaro.
Um desses êxitos acaba de ser noticiado. A vacina contra a covid-19 Soberana 2 alcançou uma eficácia de 62% com a aplicação de duas de suas três doses previstas, resultado superior ao 50% exigido pela OMS (Organização Mundial da Saúde), informaram domingo (20) autoridades científicas da Ilha Socialista.
“Podemos informar que alcançamos 62% de eficácia com a aplicação de duas doses da vacina (Soberana) 02”, um resultado “reconfortante” porque foi obtido em relação às cepas que já circulam no país, disse Vicente Vérez, diretor do Instituto Finlay de Vacinas, que desenvolveu o imunizante.
Ao todo, Cuba tem cinco candidatas a imunizantes, com duas delas – Soberana 2 e Abdala – já em fase final dos ensaios clínicos.
Até o momento, o país contabilizou mais de 153 mil casos de Covid-19 e 1.057 mortes em decorrência da doença, de acordo com dados da Universidade de Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Em razão do aumento recente de infecções, o governo lançou uma campanha de vacinação nas populações em risco no dia 12 de maio com as vacinas desenvolvidas no país. Mais de 2 milhões de pessoas já receberam pelo menos uma dose da vacina. A expectativa é que 70% da população de 11,3 milhões de habitantes esteja imunizada até o fim de agosto.
O Brasil, ainda a maior economia da América Latina apesar dos estragos produzidos por Bolsonaro, é muito mais rico e dispõe de recursos financeiros e humanos bem superiores aos de Cuba. Cabe indagar: por que o nosso país está tão atrasado na vacinação e até agora não desenvolveu uma vacina própria capaz de nos garantir a segurança e soberania sanitária no combate à covid-19?
A resposta é política. O Brasil, que já soma meio milhão de mortos pela pandemia, é governado por um neoliberal genocida, um lacaio do imperialismo americano que não dá valor à vida humana ou à saúde do povo brasileiro e governa exclusivamente para favorecer os ricaços. O governo revolucionário de Cuba, apesar do cerco imperialista e da escassez de recursos, confere absoluta prioridade à defesa da vida, da saúde, da educação e da soberania do seu povo. O socialismo faz a diferença.
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