No último sábado (29/05), milhares de pessoas saíram às ruas do país para protestar contra o governo Bolsonaro. Os manifestantes pediram o aumento do auxílio emergencial e agilidade na vacinação contra o coronavírus. Novas manifestações estão marcadas para o dia 19 deste mês.
Por Pedro Luiz Teixeira de Camargo (Peixe)
O último sábado 29 de maio mostrou algo muito interessante para o campo popular democrático: a importância da unidade, e é sobre isso que quero dissertar aqui, mas antes, é preciso engrandecer os grandes atos que se deram em mais de 200 cidades brasileiras.
Com abordagens criativas e até mesmo irreverentes, foi possível perceber de volta nas ruas a alegria do nosso povo, algo que estava fazendo falta para todos que puderam comparecer.
Merece destaque os protocolos de segurança seguidos: com distribuição de máscaras e álcool em gel, foi interessante perceber a adaptação dos organizadores a este novo tipo de ação pública.
Voltando a temática que coloquei no primeiro parágrafo, o que tem de mais importante em tudo isso é a bandeira da unidade. Nos mais diversos locais foram possíveis ver pessoas normais, além dos militantes de sempre presentes nas ruas.
Mesmo entre os milhões que não puderam comparecer por medo do vírus ou por ter alguma comorbidade, o apoio nas redes foi maciço, obrigando até mesmo alguns veículos da imprensa burguesa a noticiar as manifestações em seus jornais.
Isso tudo demonstra como está sendo possível, mesmo que ainda timidamente, romper a bolha do bolsonarismo, avançando rumo às pessoas comuns, muitas que inclusive votaram em Bolsonaro acreditando em mudanças.
É hora de centrar fogo neste público, pois se conseguirmos manter a unidade que vimos no último sábado nas futuras ações a serem feitas, temos condição de ampliar ainda mais junto ao povo, isolando o inimigo a ser derrotado.
O desafio que temos pela frente não é fácil, pois construir uma frente ampla capaz de isolar Bolsonaro não é simples, mas com paciência, diálogo e muita disposição temos condições reais de acreditar que veremos mudança nas urnas em 2022.
Até lá, cabe seguirmos construindo a necessária amplitude rumo ao isolamento do fascismo, não devemos esmorecer, pois bons sinais começam a aparecer no horizonte.
Até a próxima.
Fotos: Anderson Pereira / Manifestação em Belo Horizonte/29-05-21