Aloísio Morais
Um fêmur de uma das 11 vítimas que ainda estão desaparecidas com o rompimento da barragem da Mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho, MG, em 25 de janeiro de 2019, foi identificado no Instituto de Criminalística da Polícia Civil. O osso foi identificado como sendo de uma das pernas do soldador da mineradora Vale S/A, Renato Eustáquio Sousa, então com 34 anos.
Conforme o superintendente de Perícia Técnica e Científica, Thalles Bittencourt de Vasconcelos, o segmento foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros no dia 14 de janeiro deste ano e encaminhado para análise no Instituto de Criminalística da Polícia Civil no dia 28 do mesmo mês.
“Passados mais de dois anos entre o óbito e o processamento do DNA, este é um procedimento mais difícil, que demanda mais tempo, repetições. Apenas na quarta extração de DNA foi possível obter um perfil genético de qualidade. Então, nós temos hoje 260 vítimas, das 270, identificadas”, disse Thalles Bittencourt ao jornal O Tempo.
A última identificação de vítima do rompimento da barragem de Brumadinho ocorreu em dezembro de 2019. A Polícia Civil informou que o Instituto de Criminalística já recebeu 909 segmentos de corpos. “Desses, 874 já foram finalizados, ou seja, 96% de todos os segmentos já foram processados e identificados, levando a reidentificações de pessoas. Temos ainda 35 segmentos em processamento no laboratório de DNA passando pelo processo de extração. A Polícia Civil recebe, em média, um segmento por dia e continuamos trabalhando para poder identificar todas as vítimas”, disse o superintendente da Polícia Civil.