Por Altamiro Borges
O general Eduardo Pazuello – que ganhou dos senadores o título de “campeão das mentiras” na CPI do Genocídio – achou que estava com a bola toda, foi à provocação liderada pelo “capetão” Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro e agora pode sofrer uma punição do Exército. O site Congresso em Foco garante que ele irá para a reserva em breve.
Segundo a matéria, “o comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, vai enviar o general e ex-ministro da Saúde para a reserva. A decisão foi tomada após o general da ativa participar de manifestação política a favor do presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (23)”.
Artigo 45 do Estatuto Militar
Pelo artigo 45 do Estatuto Militar, oficiais da ativa não podem participar de atos políticos. O site registra, porém, que a punição terá fortes impactos. “Pazuello deve ser punido, mas decisão é delicada porque o presidente da República pode reverter a definição de Paulo Nogueira e gerar uma crise com os militares”.
Na semana passada, o general incompetente e cínico prestou depoimento à CPI do Genocídio e irritou os senadores com suas mentiras – cerca de 15, segundo várias agências de checagem. A sua presença no ato bolsonarista deste domingo – sem máscara e sem distanciamento social – só reforçou a proposta de convocá-lo novamente para depor no Senado.
O Alto-Comando das Forças Armadas estaria furioso. Temendo o desgaste à imagem já em queda da instituição, poderia até pedir a prisão de Eduardo Pazuello. A medida mais dura chegou a ser aventada, segundo especulações na imprensa. Mas teria vingado a tese da ida para a reserva. A tensão na caserna é grande!
Quatro generais votaram na prisão
A jornalista Denise Assis relata no site Brasil-247 que “até às 16h deste domingo, quando teve início a reunião do Alto Comando (parte presencial e parte virtualmente), a disposição era a de que Eduardo Pazuello recebesse voz de prisão. Quatro generais presentes queriam que assim fosse”.
“Houve quem argumentasse que o gesto daria a impressão de que, ato contínuo, Jair Bolsonaro estaria na alça de mira, correndo o risco de ser deposto. Deste modo, optou-se pela reforma retroativa, livrando ambos do vexame… A medida traz um recado claro a Bolsonaro. O Exército Brasileiro não é de sua propriedade e não se curva aos seus rompantes golpistas. De hoje em diante, tanto ele quanto Pazuello, caminham no fio da navalha”, afirma a jornalista.
Denise Assis garante que a decisão estará estampada no Diário Oficial da União nos próximos dia. A conferir. O general Eduardo Pazuello, capacho patético do “capetão”, estaria colhendo o que plantou com sua covardia! E o “capetão” ficaria ainda mais fragilizado e isolado. Só lhe restariam as bravatas, os xingamentos e as ameaças.