O Metrô de São Paulo voltou a funcionar novamente nesta quinta-feira (20). A categoria decidiu retornar ao trabalho acatando um pedido do TRT, cuja proposta de conciliação foi aceita pelos metroviários mas rejeitada pela direção da empresa, que insiste na empreitada de destruição dos direitos e conquistas trabalhistas. O próximo passo é o julgamento do dissídio pelo Tribunal.
Na opinião do metroviário Wagner Gomes, secretário geral da CTB, “a paralisação foi vitoriosa”. Ele relata que houve “uma adesão altíssima e inédita. Foi uma das maiores greves da categoria”.
“Todo ano o Metrô vem retirando direitos e conquistas da categoria. Isto explica a grande adesão ao movimento”, analisou. A votação que decidiu pelo encerramento da paralisação, aceitação da proposta do Tribunal e rejeição da proposta do Metrô, foi realizada via internet na noite de quarta-feira (19).
O retorno ao trabalho não significa, porém, o fim do movimento. A categoria também decidiu continuar a mobilização, com a utilização dos coletes, e realizar assembleia na próxima terça-feira (25/5) para avaliar o andamento da campanha salarial.
Dos 3.274 participantes que participaram da votação, 3.064 (93,5%) aprovaram a proposta do TRT, 2.633 (80,4%) pessoas rejeitaram a do Metrô e 2.488 (75,9%) concordaram com a suspensão da greve.
A proposta do TRT mantém as cláusulas do Acordo Coletivo vigente e assegura 7,79% de reajuste salarial a partir de 1º/5/2021. O mesmo índice vale para reajustar o VR e o VA, também a partir de 1º/5/2021. Garante também o pagamento da 2ª parcela da PR de 2019 em 31/1/2022, entre outros itens.