Por Anderson Pereira
O Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, na quinta-feira (13), foi marcado por manifestações em todo o país. Milhares de pessoas saíram às ruas para pedir o fim do genocídio negro, especialmente após a chacina que aconteceu na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, onde morreram 28 pessoas. Em Belo Horizonte, o ato reuniu cerca de 600 pessoas.
Clique aqui e assista
“Foi um dia vitorioso, num momento difícil pelo qual passa o país. Vivemos tempos difíceis, com pessoas passando fome, desempregadas e sofrendo violência policial. Porém, conseguimos fazer um contraponto e mostrar que a escravidão e o racismo ainda persistem na nossa sociedade”, disse o secretário nacional da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Clauderson da Silva Santos.
Os manifestantes reuniram-se na praça Afonso Arinos, às 17h, e caminharam até a praça Sete, região central de Belo Horizonte. Ao longo do caminho, gritaram palavras de ordem contra o racismo, pediram agilidade na vacinação contra o coronavírus e a volta do auxílio emergencial de R$ 600,00.
Mais cedo, o movimento esteve na favela do Alto Vera Cruz, região Leste de Belo Horizonte, e distribuiu centenas de cestas básicas para as famílias carentes da região.
“O vírus do Covid-19 é democrático, ou seja, pode matar a todos, mas os pobres estão morrendo mais. Por isso, nem bala, nem fome, nem Covid. O povo negro quer viver”, afirmou Silva durante a distribuição de alimentos.
Quem quiser ajudar o movimento com cestas básicas, acesse o site http://frentenacionalantirracista.org.br/ e saiba como.
Fotos: Unegro-MG e Cadu Passos/Brasil de Fato-MG