Mobilização de 24 horas é parte de resistência contra a iniciativa da gestão Bolsonaro de abrir o capital da Caixa Seguridade, o que causará prejuízos a toda sociedade
Os trabalhadores da Caixa Econômica Federal realizaram nesta terça-feira (27) paralisação em protesto contra sucessivos ataques da gestão Bolsonaro e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ao banco público. O motivo da mobilização é a abertura de capital da Caixa Seguridade, uma das operações mais rentáveis do banco, marcada para a próxima quinta-feira (29) na Bolsa de Valores.
Além disso, eles reivindicam a contratação dos aprovados no concurso de 2014, maior proteção contra a covid-19 nas agências e pagamento integral da PLR Social. A paralisação foi deliberada em assembleias com votação eletrônica realizadas na quinta-feira (22) por todo o país.
Pressão nos empregados
A gestão Bolsonaro e Pedro Guimarães teve de suspender a abertura de capital (IPO) da Caixa Seguridade em setembro do ano passado em razão da instabilidade do mercado provocada pela pandemia. Na ocasião, a operação estava avaliada em R$ 60 bilhões. Agora, com o agravamento da crise sanitária, o valor estimado despencou: R$ 36 bilhões.
“Pedro Guimarães aposta no sucesso dos negócios pressionando e assediando os empregados a comprar as ações”, afirmam sindicalistas. O executivo bolsonarista é acusado de estabelecer metas desumanas,
Há 160 anos a Caixa Econômica Federal é o banco de todos os brasileiros, mas pode deixar de ser no próximo dia 29 de abril. A Caixa é hoje responsável por relevantes políticas públicas e de desenvolvimento do país. A Caixa 100% pública é a garantia do Bolsa Família, do Auxílio Emergencial, do apoio às micro e pequenas empresas, do financiamento habitacional, do Fies e outros programas e projetos de investimento no país. Enquanto existir desigualdade no Brasil, empresas públicas como a Caixa são essenciais.
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