A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) manifesta sua solidariedade e ativo apoio à greve dos trabalhadores e trabalhadoras do Metrô, que deste vez não é orientada por motivos econômicos. A paralisação, aprovada em assembleia virtual por 64% da categoria presente (participaram mais de 1 mil funcionários), é em defesa do bem mais precioso e prioritário do ser humano: a vida.
O Brasil vive o momento mais grave e letal da pandemia desde o seu início em março do ano passado. A média diária de mortos ultrapassa 3 mil e São Paulo é uma das capitais que mais sofrem com a doença. Os metroviários, que realizam uma atividade considerada essencial, não pararam de trabalhar um só dia e estão pagando um preço alto por isto.
Só no setor do Metrô paulistano coberto pela empresa estatal (linhas 1, 2, 3 e 15) já foram registrados 22 óbtitos. Trabalhadores e trabalhadoras do setor de transportes estão no topo da lista das categorias mais expostas e afetadas pela doença.
O governo neoliberal de João Doria tem feito ouvidos moucos diante das demandas trabalhistas, o que é constatável também na relação que mantém em geral com os servidores e em particular com os professores, que também decretaram greve contra a reabertura precipitada das escolas.
As demandas da greve sanitária, definidas coletivamente, são justas e sensatas. A categoria defende a realização de um lockdown para deter o avanço da covid-19, conforme recomendam os especialistas; exige a vacinação urgente para todos os trabalhadores e trabalhadoras dos transportes públicos, auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 e, ainda, que sejam acatadas as diretrizes descritas no Plano Emergencial apresentado pelo Sindicato.
A greve em defesa da vida dos metroviários merece total solidariedade e ativo apoio da CTB, das demais centrais e do conjunto da classe trabalhadora brasileira.
São Paulo, 13 de abril de 2021
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)