Central sindical chinesa doa R$ 1,7 milhão a sindicatos brasileiros para ações de solidariedade

Num ato de internacionalismo aplaudido pelos sindicalistas brasileiros, a Federação Nacional dos Sindicatos da China (Acftu) vai doar US$ 300 mil (cerca de R$ 1,7 milhão) para que as centrais sindicais brasileiras implementem ações  de solidariedade  durante a pandemia da Covid-19.

O Acftu é a central sindical unitária dos chineses, à qual todas as organizações de trabalhadores do país são afiliadas. Por isso é considerada a maior entidade sindical do mundo.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, elogiou. “Trata-se de um ação embuída de internacionalismo proletário que tem grande significado e importância neste momento difícil para a classe trabalhadora brasileira, que está sendo duramente castigada pelas crises sanitária, econômica e política. Devemos usar a doação para aliviar o sofrimento dos trabalhadores e trabalhadoras mais afetados, não são poucos os que já estão passando fome”, enfatizou.

Solidariedade

O gesto contempla um pedido de solidariedade feito pelas seis maiores centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central)  em vídeo conferência, no momento em que havia terminado o auxilio emergencial  no Brasil. Vários sindicatos brasileiros estão fazendo campanha de arrecadação e distribuição de cestas básicas por todo o país.

O compromisso foi oficializado em carta enviada por Jiang Guangping, vice-presidente da Acftu, aos presidentes das centrais que integram o Fórum das Centrais Sindicais do Brasil

“Atualmente, a China já alcançou resultados estratégicos importantes na batalha contra a Covid-19 e retomou de maneira ordenada a produção e a vida. No entanto, a pandemia ainda está expandindo em todo o mundo. Sentimos muito pelos sofrimentos dos povos causados pela pandemia e lamentamos profundamente as mortes causadas pela doença”, diz a carta de Guangping.

O uso da verba será definido pelo Fórum das Centrais Sindicais e provavelmente vai incluir a compra de cestas básicas para pessoas carentes.

Leia a  Carta da Federação dos Trabalhadores da China às Centrais Sindicais