O Brasil alcançou nesta quarta-feira (24) a triste marca de 300 mil mortos pela covid-19.
Acuado pelas críticas e a crescente indignação nacional com o descontrole, a providência do governo foi típica do negacionismo ilusionista cultivado pelo presidente genocida. O Ministério da Saúde voltou a manipular os dados com registros de óbitos pela doença para reduzir artificialmente o morticínio provocado pelo líder da extrema direita brasileira.
Bolsonaro também criou um seleto Comitê de Combate à Covid-19 com o falacioso discurso de que é preciso unir a nação, que contradiz na prática ao excluir do comitê os governadores que lhe fazem oposição, inclusive do maior estado do país, São Paulo. É simplesmente Bizarro.
Embora defendendo tardiamente a vacinação, depois de sabotá-la no momento mais decisivo, assim como o uso de máscara, que sempre combateu, o presidente genocida continua defendendo o uso de medicamentos e tratamentos preventivos condenados pela ciência e pela OMS inclusive porque já foram registrados efeitos colaterais que podem ser letais.
Caos e colapso
O país atinge a marca assombrosa de 300 mil mortos um dia após registrar, pela primeira vez, mais de 3 mil mortes em apenas 24 horas. E num momento de colapso nos hospitais, tanto públicos quanto privados. UTIs superlotadas desafiam profissionais de saúde já esgotados.
Com dados novos de 10 estados (AL, BA, GO, MG, MS, MT, PR, RN, SP e TO) desde a véspera, o país soma agora 300.015 óbitos. Casos confirmados de Covid-19 são 12.183.338. Nem com a manipulação descarada dos dados o governo conseguiu evitar o fatídico número.
Apenas nos três primeiros meses do ano, com o detalhe que março ainda não chegou ao fim, a doença ceifou mais de 100 mil vidas e já não restam dúvidas da responsabilidade do genocida Bolsonaro pela tragédia sanitária que está esgotando a capacidade dos cemitérios e transformando o Brasil num velório ambulante e numa terra de enlutados.
Manipulação criminosa
Feita com o propósito de mascarar a tragédia, eludir a chamada opinião pública e engabelar o povo, a manipulação dos dados é mais um crime sem castigo do governo genocida. Leia abaixo matéria da jornalista Mônica Bergamo sobre o tema:
O Ministério da Saúde passou a exigir informações como CPF, número do cartão nacional do SUS (CNS) e a nacionalidade de pacientes com Covid-19 –e fez o número de registro de óbitos despencar nesta quarta (24).
O governo de São Paulo foi o primeiro a detectar o problema. A coluna apurou, no entanto, que ele alcançou todo o país.
Um técnico do Ministério da Saúde confirmou as informações à coluna. E disse que houve um problema de instabilidade reportado ao Datasus, que cuida do sistema de informações da pasta.
A inserção do CPF não teria puxando os dados do paciente automaticamente, como deveria passar a fazer com a atualização. A pasta estaria realizando novos testes para melhorar o acesso ao sistema.
De acordo com o mesmo técnico, o Datasus já retirou a obrigatoriedade de inserção dos dados, por causa da instabilidade e depois que a medida repercutiu negativamente.
A mudança alterou drasticamente, por exemplo, o registro de óbitos em São Paulo. Na terça,o número de mortes no estado chegou a 1.021. Nas últimas 24 horas, ele despencou para 281.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo enviou ofício nesta quarta (24) ao ministério questionando a decisão de mudança nos critérios de registro de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave no sistema Sivep Gripe (Sistema de Informação de Vigilância da Gripe), onde estão incluídos os doentes com Covid-19.