Além de tratar a mais grave crise sanitária do país com total descaso, inclusive incentivando a aglomeração das pessoas e a proliferação da Covid-19, que já matou mais de 260 mil brasileiros, o governo Bolsonaro agora estuda implementar um novo programa de redução de jornada e salários, que também diminui o seguro-desemprego, em caso de demissão sem justa causa.
Pela medida, o profissional que estiver com a jornada menor ou o contrato suspenso vai receber do governo federal uma espécie de antecipação do benefício. Como sempre, a fatura vai recair nas costas do trabalhador, enquanto as grandes empresas seguem sendo beneficiadas.
É o caso dos bancos. Não dá para esquecer que no início da pandemia, o governo liberou mais de R$ 1 trilhão para as organizações financeiras. Paralelamente, propunha um auxílio-emergencial de R$ 200,00. O valor só aumentou para R$ 600,00 por conta do trabalho da oposição e das centrais sindicais no Congresso Nacional.
Primeiro programa
Na primeira onda da Covid-19, no ano passado, o programa permitia a suspensão de contratos de trabalho ou reduções de 25%, 50% ou 70% nas jornadas, com corte proporcional de salário. Em todo o país, foram realizados cerca de 20 milhões de acordos, que afetaram 9,8 milhões de trabalhadores e teve a adesão de mais de 1,4 milhão de empresas.
Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia