Por Vitor Nuzzi, da RBA
São Paulo – Os acordos de suspensão do contrato e redução de jornada/salário ajudaram a manter estável o nível de emprego formal no estado de São Paulo, segundo análise da Fundação Seade. De janeiro a novembro, o total de vagas com carteira cresceu em 41 mil (exatos 40.856), ou 0,3%. O número corresponde a 18% do país (227 mil). O ritmo de expansão nacional foi duas vezes maior (0,6%).
Os setores de comércio e serviços fecharam postos de trabalho: menos 42.373 e 11.938, respectivamente. Mas a agropecuária cresceu (54.399), assim como a construção (35.315), enquanto a indústria ficou próxima da estabilidade (5.453). O Seade usa dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o “novo” Caged, do Ministério da Economia.
“A utilização do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda é importante fator explicativo desses resultados”, aponta a fundação. Assim, de abril a dezembro, acrescenta, foram registrados 6,4 milhões de acordos, alcançando 3,2 milhões de trabalhadores (27% dos celetistas). “Note-se que 2,7 milhões dos acordos (41,4%) corresponderam à suspensão do contrato de trabalho e para 1,2 milhão houve redução de 70% da jornada de trabalho”, diz ainda o Seade.
Entre as áreas do estado, destaque para a região metropolitana de São Paulo (sem a capital, com pequena queda), que teve saldo de 13 mil vagas com carteira assinada. Em seguida, as regiões de Campinas (12 mil) e Bauru (9 mil). Já as maiores reduções foram registradas nas regiões que incluem Santos (-11 mil) e São José dos Campos (-10 mil).
Apenas de outubro para novembro, o emprego formal cresceu 1,2% no estado (1,1% no país), com saldo de 138.411 vagas. Desse total, 77.312 foram no setor de serviços e 49.315, no comércio. A indústria abriu 9.294 e a construção, 9.153. Por outro lado, a agropecuária fechou 6.633 postos de trabalho no penúltimo mês de 2020.
Fonte: Rede Brasil Atual