estoras de Políticas Públicas para Mulheres do Nordeste do Brasil conclamamos que o feminicídio em nosso país não seja banalizado. Conviver com a violência por razões de gênero é inadmissível. Os feminicídios durante o Natal da juíza Viviane do Amaral(RJ), morta a facadas pelo ex-marido; da cabelereira, Anna Paula dos Santos(PE), morta a tiros pelo marido; de Thalia Ferraz (SC), morta a tiros pelo ex-marido na frente da família; da trabalhadora doméstica, Jenilde de Jesus Pinheiro (BA), morta a facadas pelo ex-namorado na frente das filhas expressam a realidade do nosso país no que se refere à violência de gênero. É uma urgência pública que afeta a vida das mulheres quando não lhes tira a vida pela violência letal, o feminicídio.
Solicitamos ao Congresso Nacional que agilize a aprovação de projetos relacionados ao enfrentamento à violência contra as mulheres, a exemplo do PL 4133/20, entre outros, visando uma proteção mais efetiva às mulheres.
Conclamamos ao Governo Federal a destinação de recursos emergenciais para os estados visando iniciativas voltadas para a sensibilização contra a cultura machista nas escolas e nas comunidades e para o fortalecimento da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres na qual estão incluídos os serviços de atendimento às mulheres em situação de violência, a exemplo dos Centros de Referência de Atendimento as Mulheres e da Casa da Mulher Brasileira Os governos estaduais necessitam que o programa Mulher Viver sem Violência seja reativado entre outros a serem implementados com destaque para a geração de renda e emprego para as mulheres, voltados para a autonomia econômica e social que contribuem decisivamente para que as mulheres possam romper o ciclo da violência doméstica.
Os recursos federais para as políticas públicas para as mulheres têm sido retraídos ao longo dos anos, ao passo que a violência contra as mulheres tem aumentado.
Conclamamos a sociedade a dar as mãos para enfrentar a violência contra as mulheres.
O enfrentamento à violência de gênero deve unir governos e sociedade e é uma ação suprapartidária e interinstitucional
As mulheres têm direito a viver sem violência.
Denise Aguiar,Secretária executiva de Políticas para Mulheres do Ceará
Eveline Almeida de Souza Macedo,Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Norte
Julieta Palmeira,Médica e secretária de Estado de Políticas para Mulheres da Bahia
Lídia de Moura Cronemberger,Secretária de estado da Mulher e da Diversidade Humana da Paraíba
Lucivanda Nunes Rodrigues, Secretária de estado da Inclusão e Assistência Social de Sergipe
Maria Jose de Moura,Secretária da Mulher e Direitos Humanos de Alagoas
Nayra Monteiro, Secretária de estado da Mulher do Maranhão
Silvia Maria Cordeiro, Secretária de estado da Mulher de Pernambuco
Zenaide Lustosa, Coordenadora estadual de Políticas para as Mulheres do Piaui
Fonte: Portal Vermelho