Nove dias antes de terminar o mandato, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos) foi preso nesta terça-feira (22) no Rio de Janeiro. A ação do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça, em conjunto com a Polícia Civil daquele estado, foi um desdobramento da Operação Hades, deflagrada em março, que investiga o chamado “QG da Propina” na prefeitura, um suposto esquema de pagamentos de propina para a liberação de contratos da prefeitura. As informações são do UOL.
“Fui o prefeito que mais combateu a corrupção na prefeitura do Rio de Janeiro”, declarou, dizendo ainda que agora espera “justiça”, disse Crivella ao chegar aos jornalistas ao chegar à Delegacia Fazendária, na Cidade da Polícia, onde prestou depoimento.
Ele disputou à reeleição em novembro, mas foi derrotado por Eduardo Paes (DEM) no segundo turno. Com a prisão do prefeito, quem assume o comando da cidade é o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felipe (DEM). O vice-prefeito Fernando McDowell, morreu em maio de 2018.
Os policiais cumpriram sete mandados de prisão. Além de Crivella, são alvos o ex-senador Eduardo Lopes (Republicanos-RJ), o empresário Rafael Alves e o ex-tesoureiro de campanhas eleitorais de Crivella, Mauro Macedo.
Há mandados contra Fernando Morais (delegado), Cristiano Stokler e o empresário Adenor Gonçalves. O ex-senador Eduardo Lopes não foi encontrado em casa. Ele foi presidente da Rio-tur e assumiu a vaga no Senado após a eleição de Crivella para a Prefeitura do Rio, em 2016.
Segundo os investigadores, as empresas que desejavam fechar contratos com a prefeitura ou tinham recursos a receber do município eram obrigadas a pagar propina à Rafael. Em troca, o empresário facilitava a assinatura dos contratos e o pagamento das dívidas.
Fonte: Portal Vermelho