O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Castanhal (STICMC), filiado a CTB Pará, coordenou no último dia 07 de dezembro (2020) a paralisação dos trabalhadores, em Castanhal e região nordeste do Pará, da Endicon, empresa prestadora de serviços de engenharia elétrica e soluções tecnológicas nos setores de construção de redes, geração, transmissão, distribuição de energia e iluminação pública, que é prestadora de serviços da Equatorial Energia no Pará.
Categoria dos eletricitários reivindicavam reajuste de 10% nos salários e no ticket alimentação e cobravam os pagamentos de horas extras, salários atrasados e a garantia do 13º, informou o Presidente do STICMC e diretor da CTB/Pará, José Adailson, o Careca, dentro da campanha salarial 2019/2020, visto que estão em data-base desde 1ª de agosto, quando iniciaram as negociações.
E completou o Presidente, Careca, após várias negociações sem avanços, a categoria cruzou os braços, paralisando 100% dos trabalhos nas bases de Castanhal, Capanema e Paragominas, e assim, arrancamos na mesa de negociações, hoje (7), um acréscimo de R$ 135,00 no ticket alimentação, passando-o de R$ 365,00 para R$ 500,00, o que equivale mais de 38% de reajuste no benefício aos prestadores de serviços na terceirizada da Equatorial Energia.
Além do reajuste do Ticket, foi garantido o não desconto do dia paralisado (07/12), a empresa se comprometeu fazer o levantamento das horas extras para o devido pagamento, atualização dos pagamentos e depósitos do FGTS e o cumprimento de algumas cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria que estavam observância.
Edgar Gomes, diretor da CTB/Pará e do STICMC, ressaltou que foi positivo, a Endicon propôs inicialmente 2,69% de reajustes nos salários e no ticket alimentação, o que daria em dinheiro algo de R$ 55,00 a mais entre salário e ticket. Com a paralisação e negociação, elevamos de R$ 55,00 para R$ 135,00 em ganhos para os trabalhadores.
Jonh Carvalho, diretor da CTB/Pará e Presidente do Sindforte-PA, considerando que a luta se deu dentro dos marcos do Governo de Bolsonaro, que asfixia os sindicatos e busca eliminar a representação da classe trabalhadora, foi uma vitória na atual conjuntura política adversa para os trabalhadores e trabalhadoras da construção civil e mobiliário de Castanhal e região, parabenizando os diretores e trabalhadores da base do STICMC.
Kennidy Santos, vice-presidente do STICMC e trabalhador da Endicon, avaliou que o ganho positivou de aproximadamente de R$ 80,00 a mais da proposta inicial da empresa de 2,69% de reajustes no ticket e salários, o que daria apenas R$ 55,00 no bolso do trabalhador, e com a luta, foi elevado para R$ 135,00. Santos disse que foram paralisados os cortes de fornecimento e os serviços de ligação e religação de linha nesse dia que nossa base parou para reivindicar nossos direitos. A luta e as negociações seguiram por outras vantagens e conquistas.
Participaram da paralisação os trabalhadores e prestadores de serviços da Endicon em Castanhal, Capanema, Paragominas e nordeste paraense. O STICMC contou com a solidariedade e apoio da CTB/Pará, seu Presidente Cleber Rezende, do Sindiforte/PA o Presidente Jonh Carvalho, e os diretores Antônio Cláudio de Aquino, Ronilson Sales, do Sintimig/São Miguel e Irituia o Presidente Genivaldo Gil, o Diretor da Fetracompa Domingos Eleres, pelo SEPUP o Presidente Marcos Afonso Pinheiro e o assessor Rafael Galvão, entre outras lideranças sindicais e sociais.