Por Railídia Carvalho
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau da Bahia (Sintest) tomou posse nesta segunda-feira (7). A cerimônia foi transmitida pelas redes sociais da entidade. Daiana Alcântara, diretora do Sintest – Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) considerou fundamental a reeleição da atual direção do sindicato. “Será primordial para enfrentar as lutas atuais e do próximo período”, afirmou ao Portal CTB.
De acordo com a dirigente, a pandemia exigiu um novo significado para a luta sindical. “E o sindicato, insistindo na conscientização da classe, reunindo o tempo todo, chamando as pessoas pra luta e defesa das suas pautas, demonstrou a sua capacidade de se reinventar e de se adaptar a esse processo”, disse Daiana.
O desafio se mostra em todos os momentos: Desde a organização de uma eleição para a nova diretoria até o fortalecimento da categoria em prol da vida e pela regularização do trabalho remoto, explicou a dirigente. O processo eleitoral aconteceu de forma virtual e a eleição também. Além do desafio, o resultado final trouxe uma boa surpresa: “Os filiados aposentados que não votavam presencialmente participaram expressivamente da eleição virtual”.
A pandemia, entretanto, consolidou o trabalho remoto que tem preocupado o sindicato pelas condições atuais. Para Daiana, na prática o trabalho remoto vem se mostrando um trabalho análogo à escravidão. “Parece que os trabalhadores tem que estar 24 horas à disposição. É preciso regulamentação e apoio ao trabalho remoto e não apenas disponibilizando equipamento mas também oferecendo suporte e atenção à saúde mental dos trabalhadores e trabalhadoras. Estamos acompanhado esse filiados que estão convivendo com mortes e adoecimento nas familias”,
A base de filiados do Sintest, considerando a Uefs e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) soma cerca de 1.600 filiados. Uma das prioridades da entidade na gestão 2020/2024 é a obtenção da carta sindical, informou Daiana. “Neste processo para obter a carta sindical temos recebido todo o apoio da CTB Bahia”, completou Daiana.
Para atender as exigências do Ministério do Trabalho para obtenção da carta foi necessário alterar o estatuto da entidade, decisão que aconteceu em assembleia virtual e que também modificou a vigência da atual gestão para quatro anos. “Quando você iniciava um trabalho já era necessário fazer nova eleição. Consideramos positivo que o mandato seja agora de quatro anos”, avaliou a diretora.
O Sintest Bahia completou 30 anos em 2020. Daiana destacou que a marca das primeiras gestões foi a regularização da documentação da entidade. “Foi necessário regularizar atas, o CNPJ, documentação junto ao cartório e junto ao governo. Pegamos o sindicato em 2016 com 26 anos de existência. Foi um desafio organizar documentação de todo esse tempo. Queremos ter uma atuação com independência e não podemos ter ponto fraco”.