“É no mínimo estarrecedora a abertura de shoppings e centros comerciais por 24 horas no fim de ano, como anunciado pela Prefeitura do Rio, em conjunto com o Governo do Estado”, declara Márcio Ayer (foto), presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes.
Para Ayer, com o crescimento dos casos de pessoas contaminadas com o coronavírus e com o número de leitos ocupados nos hospitais públicos e privados, abrir o comércio por 24 horas é colocar os “trabalhadores na boca o leão”. E mais, ressalta, a decisão segue na contramão das recomendações das autoridades de saúde, que defendem uma maior restrição na circulação das pessoas.
Outros pontos que colocam em risco a vida dos comerciários são a falta de transporte público seguro que funcione durante 24 horas, para o deslocamento e a segurança nas ruas.
A decisão dos governos estadual e da capital, segundo o Sindicato dos Comerciários, se iguala ao negacionismo do governo federal, que negligência a situação do país, que já registra mais de 175 mil mortos. E lamenta Márcio Ayer: “infelizmente, muitas famílias vão chorar neste fim de ano por conta desta decisão”.
O Sindicato deixa claro que não concorda com a abertura indiscriminada e fará de tudo para defender os direitos dos trabalhadores, com as garantias contidas em convenção coletiva, que regulamenta a jornada de trabalho, o pagamento de hora extra e outros benefícios.
Fonte: Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro