A maior companhia de aviação comercial da Europa pode jogar para o olho da rua nada menos que 30 mil funcionários. A direção da empresa justifica as prováveis dispensas como consequência da forte queda do tráfego aéreo provocada pela pandemia de covid-19.
O grupo já havia anunciado em setembro que poderia acabar com mais vagas além das mais de 22 mil previstas no primeiro semestre. Hoje, o presidente da companhia declarou que, depois de um verão que “trouxe esperanças”, a atividade atualmente sofre um impacto semelhante ao do período do confinamento
A tímida retomada do tráfego aéreo entre junho e agosto despencou novamente com o aumento do número de contaminações e as restrições na Europa. “O inverno deste ano será um imenso desafio para a empresa”, declarou o presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, que também controla as companhias Austrian Airlines, Swiss e Brussels Airlines.
Estima-se que mais de 135 mil trabalhadores e trabalhadoras estão empregados hoje na multinacional. Como é praxe no capitalismo em momentos de crise os assalariados são as primeiras e as maiores vítimas. A prioridade do capital é, como sempre, preservar os interesses e lucros de proprietários e acionistas. Para quem trabalha e produz os lucros capitalistas a perspectiva é engrossar o exército de desempregados e miseráveis que não para de crescer no mundo.